29 setembro 2019

Larmanjat


Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Um caminho-de-ferro no sistema Larmanjat.
Larmanjat foi um sistema de caminho-de-ferro monocarril desenvolvido pelo engenheiro francês Jean Larmanjat[1]. O primeiro ensaio do caminho-de-ferro Larmanjat realizou-se de Raincy a Montfermeil (França) em 1868, tendo a tecnologia sido posteriormente utilizada em diversos empreendimentos, alguns em Portugal, nomeadamente nas linhas monocarril do Larmanjat de SintraLarmanjat de Torres Vedras e Larmanjat do Lumiar.

Larmanjat[editar | editar código-fonte]

Larmanjat assenta numa via constituída por um carril apenas, ladeado por duas passadeiras de madeira distanciadas de 20 centímetros do carril central. Para tornar o conjunto estável, tanto o carril como as passadeiras, estavam pregados a travessas, por meio de cavilhas de ferro.
As locomotivas bem como as carruagens e os vagões estavam munidos de rodas centrais e laterais, rodando sobre umas sobre o carril e outras sobre as passadeiras.
Nas locomotivas, as rodas centrais funcionavam como guias e as laterais, maiores que as centrais, transmitiam o peso do veículo às passadeiras, provocando o atrito necessário ao movimento.
Nas carruagens e vagões, ao contrário das locomotivas, o peso do material actuava sobre o carril central a fim de diminuir, tanto quanto possível, o atrito, servindo as rodas laterais apenas para equilibrar o sistema.
Esta via reduzida a um só carril, permitia ser assente nas bermas de uma estrada, não precisando de um caminho próprio como a maioria dos transportes do género. Por esses motivos e pela facilidade com que as locomotivas subiam rampas e descreviam curvas de raio pequeno, era este sistema considerado essencialmente económico.

Larmanjat em Portugal[editar | editar código-fonte]

[Esconder]Rede Larmanjat-Lisboa
Unknown route-map component "exKBHFa"
26,0Sintra
Unknown route-map component "exHST"
Ranholas
Unknown route-map component "exHST"
Rio de Mouro
Unknown route-map component "exHST"
Cacém
Unknown route-map component "exHST"
Queluz
Unknown route-map component "exHST"
Ponte de Carenque
Unknown route-map component "exHST"
Porcalhota(=Amadora)
Unknown route-map component "exHST"
Benfica
Unknown route-map component "exHST"
Sete Rios
Unknown route-map component "exKBHFaq"Unknown route-map component "exABZr+r"
0,0Portas do Rego (Lisboa)
Unknown route-map component "exHST"
Campo Pequeno
Unknown route-map component "exHST"
Campo Grande
Unknown route-map component "exKBHFaq"Unknown route-map component "exABZg+r"
Arco do Cego
Unknown route-map component "exBHF"
Lumiar
Unknown route-map component "exHST"
Nova Sintra
Unknown route-map component "exHST"
Santo Adrião
Unknown route-map component "exHST"
Loures
Unknown route-map component "exHST"
Pinheiro de Loures
Unknown route-map component "exHST"
Lousa
Unknown route-map component "exHST"
Venda do Pinheiro
Unknown route-map component "exHST"
Malveira
Unknown route-map component "exHST"
Vila Franca do Rosário
Unknown route-map component "exHST"
Barras
Unknown route-map component "exHST"
Freixoeira
Unknown route-map component "exHST"
Turcifal
Unknown route-map component "exHST"
Carvalhal
Unknown route-map component "exKBHFe"
54,0Torres Vedras
Ver artigo principal: O Larmanjat em Portugal
Em Portugal, o sistema Larmanjat foi utilizado numa rede de 3 linhas: o Caminho de Ferro Larmanjat do Lumiar, que unia o Arco do Cego ao Lumiar[2], e que abriu em 31 de Janeiro de 1870[3]; o Caminho de Ferro Larmanjat de Sintra, com 26 km de extensão, ligava as Portas do Rego à vila de Sintra, e entrou ao serviço em 5 de Julho de 1873[3]; e o Caminho de Ferro Larmanjat de Torres Vedras, que também se iniciava nas Portas do Rego e terminava em Torres Vedras, tinha uma extensão total de 54 km, e entrou em exploração em 6 de Setembro de 1873.[3]
Mas o sistema mostrou-se pouco fiável, com descarrilamentos e avarias constantes, e grandes atrasos.[3] O serviço foi suspenso a 8 de Abril de 1875, e encerrou definitivamente em 1877, com a falência da Lisbon Steam Tramways Company

Nenhum comentário:

Postar um comentário