29 setembro 2019

Lockheed C-130 Hercules


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C-130 Hercules
Avião
Um C-130E da USAF
Descrição
Tipo / MissãoAeronave de transporte, com motores turboélicequadrimotor monoplano
País de origem Estados Unidos
FabricanteLockheed
Lockheed Martin
Período de produção1954-presente
Quantidade produzidaAté 2015 +2500
Custo unitárioC-130H: US$30,1 milhões
Desenvolvido emLockheed Martin C-130J Super Hercules
Primeiro voo em23 de agosto de 1954 (65 anos)
Variantes
Tripulação5 - dois pilotos, navegador, engenheiro de voo, encarregado de carga
Carga útil33 000 kg (72 800 lb)
Especificações (Modelo: C-130H)
Dimensões
Comprimento29,80 m (97,8 ft)
Envergadura40,4 m (133 ft)
Altura11,6 m (38,1 ft)
Área das asas162,1  (1 740 ft²)
Alongamento10.1
Peso(s)
Peso vazio34 400 kg (75 800 lb)
Peso máx. de decolagem70 300 kg (155 000 lb)
Propulsão
Motor(es)4 x turboélices Allison T56-A-15
Potência (por motor)4 590 hp (3 420 kW)
Performance
Velocidade máxima592 km/h (319 kn)
Velocidade de cruzeiro540 km/h (291 kn)
Alcance (MTOW)3 800 km (2 360 mi)
Teto máximo10 060 m (33 000 ft)
Razão de subida9,3 m/s
Aviônica
Tipo(s) de radar(es)1 x Westinghouse Electronic Systems (hoje Northrop GrummanAN/APN-241 de navegação e clima
Notas
Capacidade: 92 passageiros ou
64 paraquedistas ou
74 macas e 5 pessoal médico ou
6 paletes ou
2-3 x Humvees ou
2 x veículos blindados de transporte de pessoal M-113
Dados de: USAF C-130 Hercules fact sheet[1]International Directory of Military Aircraft[2]Complete Encyclopedia of World Aircraft[3] e Encyclopedia of Modern Military Aircraft[4]
Lockheed C-130 Hercules é um avião com quatro turbopropulsores cuja função principal é a de transporte aéreo em várias forças armadas em todo o mundo. Capaz de aterrar ou descolar em pistas pequenas ou improvisadas, foi concebido com o intuito de transporte de tropas e carga. Atualmente desempenha uma larga gama de papéis, incluindo transporte de pára-quedistas, reconhecimento climático, reabastecimento aéreo, combate aéreo a incêndios e evacuação médica. Existem mais de 40 modelos do Hercules utilizados em mais de 50 nações. Com mais de 50 anos de serviço, a família C-130 estabeleceu um sólido recorde de confiabilidade e durabilidade, participando em missões militares, civis e de ajuda humanitária.
A família C-130 detém o recorde de mais longo ciclo de produção de aviões militares em toda a história. O primeiro protótipo, o YC-130 voou a 23 de agosto de 1954 decolando nas instalações da Lockheed em Burbank, na Califórnia. O protótipo, número de série 53-3397, foi pilotado por Stanley Beltz e Roy Wimmer. Uma vez construídos os dois protótipos, a produção foi trasladada para MariettaGeórgia, onde foram construídos mais de 2 000 aeronaves.

História[editar | editar código-fonte]

Em 1963 o C-130 conseguiu fazer sucessivos pousos e decolagem no porta-aviões USS Forrestal.
Em 1951, após a primeira crise com a URSS, os Estados Unidos decidiram modernizar a frota de transporte, constituída essencialmente pelos C-47 Skytrain e C-119 Flying Boxcar que participaram na Segunda Guerra Mundial. Assim, a USAF iniciam uma demanda por aviões de assalto que pudessem decolar e aterrar em pistas rudimentares
Em 1952 a USAF aceita o projecto YC-130A da Lockheed e encomenda dois aparelhos. A 23 de agosto de 1954 o protótipo faz o seu primeiro voo e dois anos depois, a 9 de dezembro o C-130A entra ao serviço da USAF.

Variações do C-130[editar | editar código-fonte]

  • YF-130: Os dois protótipos, com motores T56-A-1 de 3 250 cv e radar APS-42;
  • C-130A: Versão da série inicial (216 exemplares) com 4x T56A-1A ou T56-A-9 de 3 750 cv e radar APN-59;
    • C-130D: Melhoramento do C-130A adaptado para efectuar ligações entre bases no Ártico, com esquis de 6,22 m (12 exemplares);
  • C-130B: Segunda versão e série (230 exemplares) com 4x T56-A-7 de 4 50 cv. 470 km de alcance ou mais graças a um depósito suplementar;
    • C-130E: Adaptação do C-130B com dois reservatórios externos e reforço da fuselagem;
  • C-130H: Terceira versão de série equipada com T56-A-15 de 4 910 cv
    • C-130H-30: Modelo para exportação, alongado de 4,57 m
    • C-130K ou C Mk 1: Versão destinada à Royal Navy (Marinha Britânica) (100 exemplares);
  • C-130J: Versão modernizada.
Posteriormente surgiram novas versões derivadas do C-130, como o AC-130, o KC-130 (reabastecimento em voo) e MC-130 (tropas especiais norte-americanas), WC-130 (de reconhecimento meteorológico) e muitos outros. Para missões civis, destaca-se o L-100 e a aplicação do C-130 ao combate de incêndios.

Emprego na Força Aérea Portuguesa[editar | editar código-fonte]

Modelos de C-130 de Forças Aéreas de países europeus.
Foram adquiridos seis aviões que entraram ao serviço em 15 de setembro de 1977.
Estão colocados na Esquadra 501, "Bisontes" da Base Aérea Nº 6, que se constitui numa unidade de transporte aéreo táctico executando, também, missões de busca e salvamento.
Em 1986, numa competição para tripulações deste tipo de avião, o Volante Rodeo, organizado pela USAF, uma tripulação da Esquadra 501, conquistou 7 troféus. A tripulação só não ganhou os 8 troféus devido a uma avaria de motor
Em 11 de Julho de 2016, um C-130 da Esquadra 501 "Bisontes"(Onde Necessário,Quando Necessário) sofreu um incêndio aquando de uma saída de pista ocorrida durante uma missão de treino de tripulações designada por "Toca e Anda", onde o avião se faz à pista, aterra e sem parar o seu movimento, descola novamente. Deste acidente resultaram três fatalidades, todos militares da Força Aérea Portuguesa.

Emprego na Força Aérea Brasileira[editar | editar código-fonte]

O avião Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) pousa na Base Aérea de Natal, trazendo a bordo os corpos das 16 primeiras vítimas do voo Air France 447Foto: Valter Campanato/ABr.
Força Aérea Brasileira recebeu seus primeiros três C-130E em 1964. Outras cinco aeronaves se juntaram a frota até 1968. Estas aeronaves equiparam o 1º/1º Grupo de Transporte. Em 1969, foram recebidos três SC-130 para busca e salvamento (SAR) para equipar o 1º/6º Grupo de Aviação e, a partir de 1988, para o 1º/1º Grupo de Transporte.
Em 1975 e 1976, foram recebidos três C-130H e dois KC-130H (versão de reabastecimento em voo). Essas aeronaves foram entregues ao 2º/1º Grupo de Transporte de Tropa e hoje são operadas pelo 1º/1º Grupo de Transporte.
Em 1987, foram adquiridos outros três C-130H. Finalmente em 2001, foram compradas 10 aeronaves C-130H da Itália. Estas últimas estão passando por um amplo processo de modernização, estão recebendo cockpit digital e um sistema de autodefesa com chaffs e flares. Isto permitirá o emprego operacional destas aeronaves inclusive em zonas de combate, bem próximo a linha de frente ou com ameaça aérea inimiga.
Em sua história, a FAB operou 29 aeronaves C-130. Destas, estão operacionais 23. São missões do C-130 na FAB: transporte de carga, transporte de tropas, apoio ao programa antártico brasileiro, lançamento de pára-quedistas, reabastecimento em voo, combate à incêndio em voo com 12,800 mil litros de água e busca e salvamento. Estão sendo substituídos por 28 unidades dos novos Embraer KC-390, mais rápido, mais moderno e com maior capacidade de carga [5]

Ressuprindo Ferraz[editar | editar código-fonte]

Todos os anos, desde agosto de 1983, aeronaves C-130 são destacadas para suprir a Base Comandante Ferraz na Antártica. São realizados ao todo dez vôos anuais. A aeronave realiza o pouso em uma pista congelada e de dimensões restritas na base chilena Estação Eduardo Frei Montalva, o que representa um alto grau de dificuldade, requerendo treinamento específico e intenso das tripulações, devido às condições meteorológicas extremas que imperam na região. Após o pouso, material e pessoal são transportados para a Base Comandante Ferraz nos navios brasileiros.
Durante o inverno, período em que os navios de pesquisa brasileiros ficam impossibilitados de navegar nas águas congeladas da Antártida, e devido à distância da base chilena, o 1º/1º Grupo de Transporte realiza lançamento de fardos (ressuprimento aéreo) na Base Comandante Ferraz, pelo qual todo o material de que necessita a estação brasileira é lançado por meio de paraquedas, haja vista não existir uma pista na localidade por conta da geografia do local.

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