02 outubro 2025

A-29 Super Tucano: O Avião de Ataque Leve que Conquistou o Mundo

 

A-29 SUPER TUCANO




A-29 Super Tucano: O Avião de Ataque Leve que Conquistou o Mundo

Pequeno, ágil, eficiente e mortalmente preciso — o Embraer A-29 Super Tucano é muito mais do que um avião de treinamento avançado. É uma arma tática versátil, adotada por mais de 15 países e elogiada por forças armadas, pilotos e estrategistas ao redor do globo.

Desenvolvido no Brasil pela Embraer Defesa & Segurança, em parceria com a norte-americana Sierra Nevada Corporation (SNC), o Super Tucano provou que eficácia não depende de tamanho — e sim de inteligência operacional, custo-benefício e adaptabilidade.

Vamos conhecer por que esse “caça de ataque leve” se tornou um dos aviões militares mais respeitados do século XXI.


🛩️ Origem: Do Treinador ao Guerreiro

O A-29 Super Tucano é uma evolução do EMB 312 Tucano, um avião de instrução básico desenvolvido nos anos 1980. Diante da demanda por uma aeronave capaz de realizar missões de contra-insurgência (COIN), ataque leve, vigilância aérea e treinamento avançado, a Embraer lançou, em 1991, o protótipo do EMB 314, que se tornaria o A-29 Super Tucano.

Sua primeira versão operacional entrou em serviço na Força Aérea Brasileira (FAB) em 2003, recebendo a designação A-29 (A de Ataque).


⚙️ Principais Características Técnicas

Motor
Pratt & Whitney Canada PT6A-68C (1.600 hp)
Velocidade máxima
520 km/h
Alcance
1.300 km (com tanques externos: até 1.850 km)
Teto de serviço
10.670 metros
Autonomia
Até 8h30 com tanques auxiliares
Capacidade de carga
Até 1.550 kg de armamento
Pista mínima
450 metros (de terra ou asfalto)

💥 Capacidade de Combate: Leve, mas Letal

O Super Tucano pode ser equipado com uma variedade impressionante de armamentos, incluindo:

  • Metralhadoras (12,7 mm ou 7,62 mm em suportes laterais)
  • Foguetes não guiados (70 mm)
  • Bombas guiadas a laser (como a Paveway II)
  • Mísseis ar-superfície (como o AGM-65 Maverick)
  • Pods de vigilância e designação a laser

Além disso, possui sistema integrado de guerra eletrônica, proteção balística para o piloto e tanques de combustível auto-selantes — recursos raramente vistos em aeronaves de sua classe.


🌍 Operadores ao Redor do Mundo

O A-29 é operado por mais de 15 países, incluindo:

  • Brasil (Força Aérea Brasileira – ~100 unidades)
  • Estados Unidos (para treinamento de forças aliadas via programa “Light Attack Aircraft”)
  • Afeganistão (forças aéreas afegãs usaram intensamente contra o Talibã)
  • Colômbia (fundamental na luta contra narcotraficantes e FARC)
  • Nigéria, Mali, Indonésia, República Dominicana, Chile, Equador, entre outros

🇺🇸 Curiosidade: Em 2018, o Super Tucano venceu a concorrência do norte-americano AT-6 Wolverine e foi escolhido pelo Comando Sul dos EUA para o programa de apoio a aliados na América Latina e África.


Por Que o Super Tucano é Tão Bem-Sucedido?

  1. Custo operacional baixo: cerca de US$ 1.000 por hora de voo (vs. US$ 15.000+ de um F-16)
  2. Fácil manutenção: pode ser operado em bases remotas, com pouca infraestrutura
  3. Alta precisão: ideal para operações em zonas urbanas ou florestais, com risco reduzido de dano colateral
  4. Versatilidade: ataque, reconhecimento, treinamento, patrulha de fronteira
  5. Projetado para ambientes hostis: resistente a calor, poeira e pistas não pavimentadas

🇧🇷 Orgulho Nacional com Impacto Global

O A-29 é um dos maiores sucessos da indústria aeroespacial brasileira. Além de fortalecer a soberania nacional, ele se tornou um embaixador tecnológico do Brasil, demonstrando que o país é capaz de desenvolver soluções militares de classe mundial.

Recentemente, a Embraer anunciou o Super Tucano NG (Next Generation), com aviônica modernizada, radar AESA, capacidade de operar em rede (network-centric warfare) e compatibilidade com novos armamentos de precisão.


🔮 O Futuro do Ataque Leve

Enquanto drones e caças de quinta geração dominam os holofotes, o Super Tucano prova que a simplicidade tática ainda tem seu lugar — especialmente em conflitos assimétricos, operações de segurança interna e combate ao crime organizado.

Em um mundo onde eficiência orçamentária e eficácia operacional são essenciais, o A-29 Super Tucano não é apenas relevante: é indispensável.


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A-29 SUPER TUCANO
Os Patrulheiros da Amazônia


FICHA TÉCNICA DE DESEMPENHO
Velocidade de cruzeiro: 530 km/h
Velocidade máxima: 593 km/h
Razão de subida: 1500 m/min
Fator de carga: +7, -3,5 Gs
Raio de ação/ alcance: 550 km (Hi Lo Hi)/ 4820 km (travessia com maximo combustível)
Propulsão: Um motor Pratt & Whitney Canadá PT-6 A 68C com 1600 Hp de potencia
DIMENSÕES
Comprimento: 11,33 m
Envergadura: 11,14 m
Altura: 3,97 m
Peso: 3020 kg (vazio)
ARMAMENTO
Até 1500 kg de cargas externas.
Ar Ar: Míssil Piranha
Ar Terra: Bombas MK-81 de 119 kg, Mk-82 de 227 kg, bombas guiadas a laser GBU-12 de 227 kg, casulos com 19 foguetes SBAT-70 de 70 mm Skyfire e casulo com canhão de 20 mm.
Interno: 2 metralhadoras FN M-3P calibre.50 (12,7 mm).

Um dos maiores sucessos da industria de defesa brasileira é, sem a menor duvida, o avião de treinamento Embraer EMB-312, mais conhecido como T-27 Tucano. Extremamente confiável e manobrável, este pequeno turboélice teve 662 unidades vendidas para nada menos que 13 países, incluindo a França e a Inglaterra. Com um sucesso desses, nada mais previsível de que o modelo servisse como base para um avião de treinamento avançado e ataque leve que pudesse vir de encontro com as necessidades que a Força Aérea Brasileira (FAB) estava apresentando. Essas necessidades são, na verdade, a origem do Super Tucano.
Vou fazer uma breve explicação dessa necessidade pois acredito ser relevante para entender a origem do Super Tucano. Com a projeto do Sistema de vigilância da Amazônia (SIVAM) que começou a ser implantado a partir de 1994 e se tornou operacional em 2002, a FAB tinha a necessidade de contar com uma aeronave que fosse adequada para operar contra pequenos aviões movidos a hélice, muito usados por narcotraficantes que se aproveitavam da lacuna da cobertura de radar do sistema de defesa aérea do Brasil naquela região para poder executar seus objetivos escusos. A FAB testou caças a reação como o F-5E e o F-103 (antigo Mirage III não mais em serviço) para interceptar esses pequenos aviões a pistão, mas a velocidade baixíssima desses aviões fazia os caças, mais pesados estolarem, demonstrando a total incompatibilidade daqueles caças com a função de interceptar esse tipo de alvo. Nisso a FAB começou a pensar na possibilidade de usar os T-27 Tucanos nessa função, porém foi percebido que o ideal, seria um avião mais potente e com uma avionica mais completa para a função de combate. Outra necessidade que apareceu foi a substituição dos velhos AT-26 Xavantes, que é o avião a jato de treinamento avançado em uso pela FAB e que já chegou ao fim de sua vida operacional.
Esses fatos todos coincidiram com outro fato interessante. A Embraer estava, nessa mesma época, em 1991, oferecendo uma versão do Tucano chamada de EMB-312 H que era um Tucano remotorizado e que tinha um tamanho maior que o Tucano mais antigo. Na verdade o EMB-312 H era uma espécie Tucano anabolisado. Uma analise deste modelo de Tucano com as necessidades da FAB para o braço armado do SIVAM e um substituto para o Xavante, demonstrou que o EMB-312H preenchia muito dos quesitos para a plataforma que a FAB procurava. Nascia assim o programa ALX (Aeronave de ataque leve) da FAB que visava o desenvolvimento de um novo avião baseado no EMB-312H. O novo projeto passou a ser chamado de EMB-314 Super Tucano.

O motor que era usado no modelo Tucano H era o Pratt & Whitney Canada PT-6 A-67 com 1250 Hp de potencia, e foi substituído, para uso no novo ALX, pelo mais potente Pratt & Whitney Canadá PT-6 A 68C com 1600 Hp de potencia que é controlado por um sistema FADEC. Esse aumento de força se mostrou necessário devido às dificuldades relacionadas a operações em ambientes muito quentes como o nordeste e norte do Brasil, que representa o principal teatro de operações que seria usado o Super Tucano. Além de um motor mais potente foi introduzida, também, uma nova hélice com 5 pás que aumenta a eficiência do motor. A velocidade máxima atingida pelo Super Tucano é de 590 km/h, colocando ele bem dentro do envelope de vôo necessário para interceptar aeronaves com motores a pistão usadas pelos narcotraficantes.
A estrela do Super Tucano é sua eletrônica. Nesse ponto pode-se dizer com tranqüilidade que o Super Tucano é o mais avançado avião turboélice em operação. O Super Tucano está equipado com um sistema de transmissão e recepção de dados via datalink fornecido pelo rádio Rohde & Schwartz M3AR (Série 6000) com proteção eletrônica das comunicações, como salto, criptografia e compressão de freqüências. Esse rádio é o mesmo usado pelos aviões R-99 AEW, F-5EM e nos futuros AMX A-1M. Através desse sistema de datalink o Super Tucano poderá receber dados do radar do R-99 permitindo uma maior consciência situacional, e também, enviar em tempo real imagens congeladas que forem captadas pelo seu sistema FLIR (Forward Looking Infrared) modelo AN/AAQ-22 Safire, fabricado pela FLIR Systems. O FLIR é usado para navegação através de uma visão infravermelha de alta resolução que funciona de dia ou a noite podendo, ainda, designar um alvo para ataque. Cabe observar aqui que o FLIR do Super Tucano está integrado ao óculos de visão noturna NVG ANVIS-9 da ITT, garantindo uma total capacidade de operações noturnas ou com baixa visibilidade com segurança. Para proteção da aeronave há um sistema de alerta de radar RWR e um sistema de alerta de aproximação de míssil MAWS. Há, ainda, um lançador de iscas tipo chaff e flares para despistar mísseis guiados a radar e a calor (IR).

odos esses sistemas são controlados de uma cabine especialmente feita para facilitar a vida do piloto, podendo ser considerada, também a mais moderna cabine de um avião turboélice em serviço atualmente. Nesta cabine há dois displays multifunção e um HUD que conta com todas as informações de navegação de monitoramento do alvo, incluindo aqui o ponto de impacto continuamente monitorado CCIP e o ponto de lançamento continuamente computado CCRP, o que aumenta, substancialmente a precisão do lançamento das armas. Nesta cabine, o piloto fica sentado em uma “banheira” blindada, capaz de suportar impactos diretos de munição .50 (12,7 mm). Essa blindagem foi instalada nos tanques internos do Super Tucano, também.
Outra melhoria no cockpit do Super Tucano foi a instalação de um sistema de geração de oxigênio OBOGS que produz oxigênio do próprio ar e o sistema HOTAS, foi usado na configuração da cabine permitindo ao piloto operar os principais sistemas do avião sem tirar as mãos do manete e do manche.

O armamento disponível para o Super Tucano é bastante variado e relativamente pesado, chegando a um total de1500 kg, considerando que se trata de um avião turboélice. O armamento básico é composto por duas metralhadoras FN Herstal M-3P calibre .50 (12,7 mm) com uma capacidade de 200 cartuchos e uma cadência de tiro na ordem de 1100 tiros por minuto. Nas asas do Super Tucano existem 4 pontos duros para transporte de armas e tanques de combustível, além de um ponto no ventre do avião. Nesse 5 pontos, podem transportar mísseis ar ar Piranha guiado por IR, de fabricação nacional, e cujo alcance chega a 10 km, que podem ser usados eficazmente contra helicópteros ou outros aviões. Para ataques a alvos terrestres podem ser usadas bombas MK-81 de 119 kg, bombas MK-82 de 227 kg, ou bombas guiadas a laser GBU-12, que foram integradas pela Colômbia, além de casulos de foguetes de 70 mm Avibras SBAT-70 com 19 foguetes. Também podem ser transportados casulos com canhões de 20 mm.
Ao todo foram encomendados 99 Super Tucanos pela Força Aérea Brasileira, um numero respeitável de vetores que farão o treinamento de pilotos que estiverem ingressando para a aviação de combate da FAB, além de garantir o patrulhamento dos céus da Amazônia contra o trafico de drogas e armas. As capacidades aqui mostradas colocam o Super Tucano como um interessante avião de apoio aéreo aproximado para as tropas em terra. Uma flexibilidade que justifica seu valor tático para a força.







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