14 março 2018
F89 E G89
Os motoristas de caminhão sempre apreciaram ter muita potência embaixo do capô (ou da cabine). É sempre bom poder se orgulhar disso para outros motoristas de caminhão, mas, na verdade, a ampla potência é um recurso de segurança que facilita a capacidade do motorista de manter a mesma velocidade média que os motoristas de carro, parte importante da segurança de todo o sistema de transporte rodoviário.
Quantidade mínima de potência. Enquanto o GTW (Peso Autorizado em Carga) total dos caminhões aumentava depois da Segunda Guerra Mundial, alguns caminhões ainda tinham motores relativamente pequenos e fracos (principalmente as fabricantes de caminhões suecos e, em particular, a Volvo, que desempenhava um papel importante na introdução de motores turbo potentes).
Por isso, a imposição de uma quantidade mínima de potência por tonelada GTW foi discutida em setores jurídicos de diversos países europeus.
Os alemães abrem o caminho
A Alemanha sempre foi o líder mundial em design de automóveis e caminhões, e uma parte importante de seu transporte é realizada por caminhões. Como resultado, os legisladores alemães decidiram implementar uma potência mínima por tonelada de comboio no final dos anos 1960. O fato de diversos fabricantes europeus de caminhões pesados desejarem vender caminhões na Alemanha influenciou muito o desenvolvimento de motores superpotentes, uma tendência presente desde então.
Havia duas maneiras distintas disponíveis ao projetar motores mais resistentes: motores de aspiração natural, extremamente grandes (e pesados), com até dez cilindros e volume de até 18 litros, e motores menores (de 12 a 14 litros), com turbopropulsor, muito leves e eficientes. Os fabricantes alemães estavam entre os que optaram pela primeira alternativa, ao passo que a segunda foi a preferência dos fabricantes suecos.
Lançamento do F89 e G89
A Volvo foi a única fabricante a optar por um motor turbo de seis cilindros em linha para atender às exigências alemãs. O resultado foi o F89 (e o G89, com o eixo dianteiro na parte frontal), que alcançaria a posição de liderança no segmento exclusivo de caminhões modernos de alto desempenho dos anos 1970. Além do novo motor de 12 litros, a escolha dos componentes foi feita a partir do "menu" de componentes comprovados pela Volvo.
Naturalmente, a Volvo desejava usar exclusivamente componentes Volvo, então, além do motor Volvo TD120A (de 330 cavalos de potência para suportar a demanda de 8 cavalos de potência por 38 toneladas de peso de comboio), a caixa de câmbio manual de 16 velocidades totalmente sincronizada SR61 da Volvo e o eixo traseiro NR2 com redução do cubo foram escolhidos para o novo Volvo "Supertruck''.
Padrão em longas distâncias
O F89/G89 logo se tornou um caminhão padrão para o transporte europeu a longa distância, bem como o transporte de madeira escandinavo com peso total (legal) de até 52 toneladas (mas há rumores de que, às vezes, até cargas maiores podiam ser manuseadas), e o G89 foi utilizado até mesmo para os Roadtrains australianos com GTWs de cerca de 100 toneladas.
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