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29 agosto 2025

Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) M-113

Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) M-113











 

 

Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) M-113.pdf

  • 1. Prototipo do M-113BR (M-113A2Mk1) realizando testes de homologação no CAEx (RJ) em 2012. PqRMnt/5 TEXTO EXPEDITO CARLOS STEPHANI BASTOS
  • 2. s primeiras Viaturas Blindadas de Trans- porte de Pessoal (VBTP) M-113 adqui- ridas pelo Exército Brasileiro, datam de 1965 com a chegada dos primeiros quatro VBTP M-113, e nos dois anos seguintes recebeu mais oitenta, metade a cada ano, possibilitando assim formar e treinar pessoal que iriam operá-los e manutení-los, bem como traduzir, adaptar e publicar os manuais a partir dos originais ame- ricanos. Em 1971, o Exército, em virtude da obsolescência de seus equi- pamentos, em sua maioria ainda oriunda da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), elaborou um plano de reaparelhamento, onde se previa a aquisição de mais de um milhar de veículos militares de diversos tipos e modelos, e dentre estes, um grande número de M-113, chegando inclusi- ve a se pensar numa fabricação lo- cal, mas que acabou por optar pela compra a partir do ano seguinte de cinco centenas deles, que somados aos já existentes totalizaram 584 ve- ículos, ainda em uso. Os primeiros estudos visando um repotenciamento do M-113 no Exér- cito datam de 1968, com autoriza- ção da então Diretoria de Moto-Me- canização - DMM, elaborado pelo PqRMM/2, visando a adapta¬ção de um motor, a ar, Deutz V-8 diesel, o qual envolveu a própria fabricante daquele motor, mas que acabou por não vingar em virtude desta empre- sa deixar o país, com o encerramen- to de suas atividades. Os primeiros grandes problemas ocorreram a par- tir do rompimento do acordo militar Brasil - Estados Unidos, no Governo Geisel, em 1977, devido à falta de peças de reposição, que elevou a números alarmantes a quantidade de veículos indisponíveis em suas unidades operadoras, agravado com a crise do petróleo que assolou o mundo naqueles anos. Em 1979 surgiram as primeiras ideias para a modernização destes veículos, de- vido principalmente às dificuldades de importação de itens específicos para sua manutenção. No Brasil o projeto inicial de mo- dernização dos M-113 teve origem na empresa Biselli – Viaturas e Equipamentos Industriais Ltda., de São Paulo, em 1981, que não teve o resultado esperado pelo Exército, em razão do motor escolhido, um Fiat, pesado e pouco potente. Ao ser retirado da Biselli, coube a empresa Lacombe Indústria e Co- mércio de Tubos Ltda em parceria com o Parque Regional de Manu- tenção/5 (PqRMnt/5), ambos em Curitiba, PR, dar início na adapta- Desembarque do lote de 112 M-113 no Porto de Rio Grande, RS, em Outubro de 1972, oriundos dos Estados Unidos, a bordo do navio Graça Aranha. Arquivo Steindorff OPERACIONAL 2015 | 27
  • 3. ção do motor Mercedes OM-352A, muito confiável na época, chegando a realizar testes num veículo adap- tado que serviu de protótipo, mas por ser esta empresa pequena, e o projeto gigantesco, este acabou sendo transferido para a Moto Pe- ças Transmissões S/A, de Soroca- ba, ficando a Lacombe com uma porcentagem sobre os veículos que foram sendo repotenciados, como forma de pagamento por aquele tra- balho. Seguindo as determinações do Exército, a Moto Peças em parceria com o Centro Tecnológico do Exér- cito - CTEx, iniciou os trabalhos que culminaram na apresentação de um protótipo em abril de 1983, o qual foi apresentado no PqRMnt/5 ao chefe daquele centro, ocasião em que pu- deram testar o veículo. Em 04 de julho de 1983, nas de- pendências do 20º Batalhão de Infantaria Blindada - 20 BIB - em Curitiba, PR, ocorreu o primeiro teste comparativo entre o M-113A0 original americano, com a versão modernizada brasileira, denomina- da de M-113B, incorporando o novo motor diesel Mercedes Benz, reali- zando inclusive testes de navegabi- lidade, e assim foram elaborados os requisitos técnicos e os documentos normativos para a partir, de 1984 assinarem o contrato entre a Dire- toria de Material Bélico – DMB, e a empresa Moto Peças Transmissões S/A, prevendo a modernização de 580 M-113 para a versão M-113B, divididos em vinte lotes, realizados no período de 1985 a 1988. Surgiu assim um “kit” de moder- nização, com vistas também à ex- portação onde se realizou contatos com a Venezuela, Uruguai, Tailân- dia, dois países da África, e países do Oriente Médio, como Irã e Arábia Saudita, mas sem sucesso, visto que os americanos já estavam repo- tenciando seus modelos e conver- tendo-os para diesel desde 1964, e como foram seus criadores, estes já estavam à fren¬te neste campo, daí advirem dificuldades para uma em- presa nacional. Não houve testes no exterior. O objetivo desta modernização foi o de alongar a vida destes veículos por no mínimo dez anos e seguiu um rigoroso controle de qualidade e acompanhamento por parte de engenheiros civis e militares, sendo as viaturas redistribuídas, com os sistemas de armamento, comunica- ções e o conjunto de instrumentos de observação, direção e controle de tiro, totalmente recuperados, e todos receberam uma torreta blin- dada acoplada sobre a escotilha do atirador na parte de cima do veícu- lo, visto que na versão original este estava totalmente desprotegido, e esta veio dar uma proteção ao uso da metralhadora calibre .50 ali aco- plada. Toda a sua estrutura foi rea- lizada com aço balístico e a própria escotilha ao ser aberta complemen- tava o fechamento da parte traseira da mesma, dando uma proteção de 360º ao atirador. A torreta foi total- mente projetada e desenvolvida pela equipe técnica da Moto Peças. Foi um projeto de êxito para a épo- ca, com todos os recursos técnicos disponíveis, obedecendo as diretri- zes de nacionalização. Sua avalia- ção técnico-operacional ocorreu em agosto de 1985, e foi realizada pelo recém-criado Centro de Avaliações do Exército - CAEx - sendo esta sua primeira avaliação operacional rea- lizada, num curto espaço de tempo, de apenas uma semana. O grande erro foi que as manu- tenções preventivas e corretivas, ficaram a cargo das unidades que o operavam e não foi criada uma linha padrão para a compra de peças de reposição ao longo de sua vida útil dentro do prazo que havia sido pre- visto quando de sua modernização, o que acabou por trazer mais pro- blemas do que soluções, gerando assim um grande índice de indispo- nibilidade destes veículos, obrigan- do novamente ao Exército encontrar uma nova solução dentro de seus parcos recursos, pensando inclusive em sua substituição por outro tipo. Diversos relatórios elaborados pelo Exército analisavam o que fa- Desfile de M-113 ainda na versão original americana, no 20º BIB, de Curitiba, em Maio de 1982. 20º BIB MODERNIZAÇÃO DO M-113 NO EXÉRCITO BRASILEIRO EXÉRCITO www.revistaoperacional.com.br 28
  • 4. zer com os M-113B e as propostas iam desde sua substituição por outro veículo do tipo VBCI (Viatura Blinda- da de Combate de Infantaria), tanto que em 1982 foi estabelecido um RTB (Requisitos Técnicos Básicos) e estudos iniciais para o desenvol- vimento de uma Viatura Blindada de Combate de Fuzileiros denomina- da XMP1, sobre lagartas, que seria mais conhecida como Charrua I e II, chegando-se a construir alguns pro- tótipos, numa parceria Moto Peças e CTEx, do que poderia ter sido a so- lução nacional para substituí-los de vez, mas que acabou por não vin- gar e assim adentramos na década de 1990, que não foi das melhores para a Indústria de Defesa Nacional e afetou em muito as Forças Arma- das. Aqui vale lembrar que o carro de combate padrão junto ao Exército, na época, era o M-41 Walker Bull- dog, em sua versão repotencia- da pela Bernardini S/A Indústria e Comércio, denominado de M-41C armado com canhão de 90 mm e motor diesel Scania DS-14. Neste quadro, o M-113B o acompanhava bem, mascarando assim sua infe- rioridade, em especial, no quesito desempenho. Logo em seguida os M-41C foram sendo gradativamente substituídos por veículos mais pesados, de di- mensões bem maiores, armados com canhão de 105 mm, quando da chegada do M-60A3TTS, Leopard 1A1 e já em pleno ano 2000, dos Leopard 1A5, este acompanhado de uma família com diversas versões utilizando o mesmo chassi. Assim a frota de M-113B conti- nuou a ser a alternativa em nossas brigadas blindadas, que viram ca- racterísticas positivas, até em razão do grande número existente, e do ponto de vista operacional alguns aspectos justificaram uma nova so- brevida para esta frota. Documentos do Exército citam algumas destas características, a saber: a) - As condições sofríveis da ma- lha viária brasileira, favorecendo o emprego de veículos sobre lagarta, especialmente em locais e períodos do ano em que o piso torna-se extre- mamente lamacento; b) - A geografia brasileira, com uma das maiores malhas hidroviárias do Mundo e elevado número de pe- quenos e médios cursos de água, favorecem o emprego de viaturas anfíbias. c) - A versatilidade do M-113B, per- mite ser empregado fora de suas características originais, pela simu- lação de blindados de maior parte, até que se possa efetivamente tra- balhar com os mesmos. Com a criação do Centro de Ins- trução de Blindados “General Walter Pires”, em 1996 no Rio de Janeiro, e transferido para Santa Maria, RS, em 2001, este acabou por consolidar de maneira clara e objetiva o conceito “Blindado”, compreendendo e apri- morando todos os elementos dentro de um “sistema de armas”. Como fruto deste conceito, foi ela- borada uma consulta a todos os Ba- talhões de Infantaria Blindada, das diversas regiões do país, visando ver a disponibilidade operacional Teste realizado pelo protótipo do M-113T, desenvolvido pela Tractto, nas dependências do 29 BIB de Santa Maria (RS). 29º BIB dos M-113B, elaborando um quadro com os problemas existentes e este foi assustador, pois a frota disponí- vel era de apenas 237 veículos no universo de 584, ou seja, 40,58% de toda a frota. A partir destes dados e como for- ma de resolver este grande proble- ma, optou-se por estudar e viabilizar a aplicação técnica de engenharia em uma das quatro linhas de ação a que se chegou, com todos os prós e contras de cada uma delas, a saber: 1) - Revitalizar a frota com correção dos problemas de maior monta; 2) - Modernizar a frota a partir de proje- tos já existentes: a) com manutenção a doutrina de emprego, b) com perspecti- vas a habilitá-lo a novos cenários e nova doutrina de emprego; 3) - Modernizar a frota, a partir de projeto próprio; 4) - Substituição da frota existente pela aquisição de outras unidades no exterior. Paralelamente a estas iniciativas, procurou-se ver os projetos, progra- mas e alternativas para a frota de M-113B e ver quais opções estavam sendo desenvolvidas pelos países usuários deste blindado e que fo- ram desenvolvidos pelos Estados OPERACIONAL 2015 | 29
  • 5. Unidos, Alemanha, Israel, Canadá, Austrália, Chile e a partir daí ver a possibilidade de empresas brasilei- ras participarem de um projeto desta monta, visto que todos os desenvol- vidos no exterior eram extremamen- te caros. Aqui vale registrar algumas inicia- tivas brasileiras na tentativa de revi- talizar os M-113B apresentadas por conta e risco das empresas envolvi- das, com ônus para o Exército, ten- do este apenas cedido em alguns casos, uma VBTP M-113B para re- ceber as modificações necessárias para que testes fossem realizados visando se seria ou não aceito para ser executado em toda a frota exis- tente. Uma destas propostas foi apre- sentada pela Avibrás Aeroespacial S/A, no início dos anos de 2000, na forma de um estudo em que se aproveitavam as principais ideias já existentes e que estavam sen- do executadas em várias partes do mundo. Este visava dotar o veículo com uma série de itens mais modernos em relação ao motor e caixa, apre- sentando alguns elementos com um pouco mais de técnicas, ficando os demais itens num nível extrema- mente genérico, o que atrapalhou em muito uma avaliação inicial so- bre a relação do pretendido versus o possível, e seu valor apresentado era um pouco alto, algo em torno de US$400.000,00. Enquadrava-se na linha de ação 3, visando modernizar o M-113B para M-113B1 e acabou por não ser aceito em função do custo elevado e outros problemas. Outra proposta foi apresentada pelas empresas Tractto e Media- neira, de Santa Maria, RS, e foram exaustivamente testados, com um resultado bastante satisfatório, visto que já se passaram alguns anos e os dois protótipos se encontravam operacionais, desde que foram ini- ciadas as modificações em 2003, e foram denominados de M-113T e M-113BR. Ambos tinham como ob- jetivo a nacionalização do maior nú- mero de itens possíveis, envolvendo transmissão, motorização, suspen- são, refrigeração e material rodante. Nos testes realizados, em ambos, a velocidade alcançada e o desem- penho foram superiores a favor do projeto M-113T, proporcionan- do uma grande expectativa para o mesmo, o qual poderia vir a ser uti- lizado em repotenciamento futuro, mas após análises dos órgãos téc- nicos do Exército, este concluiu que o projeto M-113T, não poderia ser caracterizado como um projeto de engenharia, até porque a fabricante do motor usado, MWM não chan- celou a sua adaptação, informando que não era o mais adequado para o fim a que se destinava. Já o BR acabou cancelado em fevereiro de 2009 por não ter atingido os objeti- vos almejados pelo Exército. Ambos se enquadravam na linha de ação 3, e os valores também foram con- siderados altos, algo em torno de R$150.000,00. Outra curiosidade é que nos projetos também tiveram a participação conjunta da empresa IDEMA e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Outra ideia foi a de se preparar um protótipo com a Mercedes-Benz do Brasil e sua concessionária Brasilian Motors, de Brasília, pois esta já es- tava realizando alguns repotencia- Um dos M-113B do Projeto de Revitalização Corretiva da Viatura Blindada desenvolvido pela Engemotors, apresentado na 1ª Exposição da Base Industrial de Defesa, realizada em Brasília (DF) em 2012. Expedito Carlos Stephani Bastos MODERNIZAÇÃO DO M-113 NO EXÉRCITO BRASILEIRO EXÉRCITO www.revistaoperacional.com.br 30
  • 6. mentos em caminhões Mercedes, Unimog e Engesa para o Exército, e possuía uma subsidiária denomina- da Engemotors - Projetos Especiais de Engenharia, responsável pela revitalização de 350 viaturas milita- rizadas do tipo caminhões e ônibus do Exército, iniciados em 2005. Surgiu assim a oportunidade de se apresentar um trabalho novo para um projeto desta envergadura, e havia previsão de que a Secretaria de Ciência e Tecnologia - SCT e a Imbel fossem parceiras nesta em- preitada. A ideia inicial era novamente aproveitar a experiência alemã na modernização dos M-113B, pois se acreditava que seria possível tam- bém a compra de mais modelos deste veículo disponível para venda nos estoques do Exército Alemão, o que acabou por não se concretizar. Ocorre que entre 2009 e 2010 op- tou-se pela contratação de serviços de modernização junto ao governo americano, onde foi assinado em agosto daquele ano uma Carta de Oferta e Aceitação por intermédio da Comissão do Exército Brasileiro em Washington, referente à contra- tação de serviço para modernização de 150 M-113B, sendo a empresa responsável a BAE System Land & Armaments LP, que passariam a ter a configuração A2MK1, sendo que todo o trabalho seria realizado no Brasil, no PqRMnt/5, de Curitiba, PR, e que poderia ser estendido a mais 226, totalizando 376 veículos. Para os restantes 208 da frota do Exército, foi aberto um processo lici- tatório, conforme pregão presencial 012/2010 COLOG, saindo vencedor a Brasília Motors/Engemotors e esta realizaria uma manutenção de 4º Escalão, principalmente nas partes de motor e caixa, mantendo-os ope- racionais. A vigência deste contrato deveria ser de agosto de 2012 a junho de 2017, mas não foi levado adiante uma vez que as atividades da em- presa se encerraram em 28 de fe- vereiro de 2013, com a decretação de sua falência, e apenas um veí- culo foi apresentado como protóti- po e mais sete de um total de tre- ze foram terminados, seria um lote piloto, e entregues ao Exército, e que foram pagos, ficando seis com trabalhos pendentes, os quais foram finalizados pelo PqRMnt/5 em Abril de 2013, e todos foram entregues à AMAN. Este projeto recebeu a de- signação de Projeto de Revitaliza- ção Corretiva da Viatura Blindada M-113B. A revitalização das VBTP M113B teria um custo unitário de R$278.846,00, e fora contratada pelo Comando Logístico do Exérci- to - COLOG - através do Contrato nº 177/2010-COLOG, de 20 de Ou- tubro de 2010, para a execução do Projeto que previa ações de Manu- tenção de 4º Escalão e de recom- pletamento de componentes, sem alterar as características originais dos M-113B, versão Moto Peças de 1985. Em 02 de dezembro de 2009, na 4ª Reunião Decisória do Estado Maior do Exército, seguindo o Mo- delo Administrativo do Ciclo de Vida dos Materiais de Emprego Militar (IG 20-12), o qual prevê o fim do ciclo de vida do Material de Emprego Militar - MEM - para se definir qual o des- tino que deva ser dado ao material Diversos M-113B preparando-se para manobras que se realizaram no 29º BIB, de Santa Maria (RS) em Julho de 2010. Expedito Carlos Stephani Bastos M-113B indisponíveis chegando ao PqRMnt/5, em Curitiba, PR, para serem modernizados para a versão BR(A2Mk1). Estes fazem parte do lote do primeiro contrato de 150 veículos, em Abril de 2014. Expedito Carlos Stephani Bastos OPERACIONAL 2015 | 31
  • 7. foi decidido que deveria partir para uma modernização parcial da frota de M-113B, cujo escopo inicial pre- via a modernização de 376 destes veículos. Os objetivos deste projeto visa- vam manter elevado o índice de dis- ponibilidade das VBTP M-113B, que após esta revitalização seriam de- nominadas de BR, reduzir o custo e o tempo das manutenções preventi- vas e corretivas, com o aperfeiçoa- mento de sistemas e componentes das viaturas, além de estender seu ciclo de vida útil por pelo menos mais vinte anos. Uma das justificativas principais do Projeto residia no fato de as VBTP distribuídas aos elementos dos Batalhões de Infantaria Blinda- da - BIB e dos Regimentos de Ca- valaria Blindada - RCB - não possuí- rem as características necessárias a uma viatura blindada de combate de fuzileiros, nos atuais conceitos dos combates blindados. Comprar subs- titutos é algo impensável no mo- mento, ficando alguns estudos para ser decido em longo prazo, podendo vir de fora ou retomar um projeto de concepção nacional. Assim surgiu o maior e mais com- pleto processo de repotenciamen- to do M-113B já realizado no país, muito embora o mesmo não seja realizado por uma empresa brasi- leira, buscou-se uma empresa que possui capacidade para este tipo de trabalho, com larga experiência, que no caso é BAE System, que tem for- necido os kits de modernização, os manuais técnicos, o maquinário e ferramental especializado, além de treinamento de pessoal, utilizando as infraestruturas do PqRMnt/5 de Curitiba, PR, onde foi criado uma moderna linha de produção, como se fosse uma fábrica, que lembra em muito linhas de produção de nossa indústria de defesa em seu período áureo dos anos de 1980. É interessante registrar que a Por- taria 017 do Estado Maior do Exér- cito - EME, de 18 de março de 2010 Dois momentos distintos na modernização dos M-113, duas carcaças, sendo que o camuflado foi todo desmontado e aguarda a primeira lavagem e o cinza já foi todo modificado e aguarda a segunda lavagem para entrar na linha de montagem que o transformará em M-113BR (M-113ª2Mk1) no PqRMnt/5, em Curitiba (PR). Expedito Carlos Stephani Bastos Carcaça do M-113BR no Hull Turner, usado na Operação de Solda- gem com Argônio a 99% de pureza, no PqRMnt/5, de Curitiba (PR). Expedito Carlos Stephani Bastos Diversos M-113BR (M-113A2Mk1) sendo modernizados nas dependências do PqRMnt/5, de Curitiba. O camuflado já está pronto, enquanto os verdes aguardam os testes de campo para sua finalização. PqRMnt/5 MODERNIZAÇÃO DO M-113 NO EXÉRCITO BRASILEIRO EXÉRCITO www.revistaoperacional.com.br 32
  • 8. pode ser considerada a certidão de nascimento de todo o projeto, o qual gerou o Contrato inicial denomina- do LOA BR-B-UUG, de 29 de julho do mesmo ano, onde incialmente se contemplou a modernização de 150 VBTP M-113B, havendo ainda previsão, naquele momento, de se contemplar mais 236, em um segun- do contrato, o que já ocorreu em 15 de Outubro de 2014, ao custo total de US$57,490.080, e que iniciará no final de 2015 ou início de 2016, pois o cronograma do contrato ante- rior prevê que o último carro, o 150, inicie sua modernização em Maio próximo, estando completo em Ou- tubro. Tudo isto foi implementado atra- vés do Programa Foreign Military Sales (FMS), promovido pelo Go- verno dos Estados Unidos - USG, o que na verdade trata-se de um acor- do Governo a Governo: USG/FMS e Governo Brasileiro/Exército Brasilei- ro - EB, cujo resultado foi a contrata- ção pelo U.S.Army Tank-automotive & Armaments Command - TACOM, em 21 de dezembro de 2011, da empresa americana BAE System, responsável por todo o processo de modernização que se encontra em pleno andamento, com diversos adi- tivos, que provavelmente, atingirá todos os 584 M-113B do Exército, estando em aberto os 198 remanes- centes, que eram do contrato da En- gemotors. Todas as viaturas modernizadas M-113B passam a ter a denomina- ção de M-113BR, que nada mais é do que a configuração do modelo M-113A2Mk1 já desenvolvido pela BAE System e já testado e aprovado em diversos países. Para se ter uma ideia dos custos envolvidos neste complexo con- trato, inicialmente para 150 VBTP M-113B, o mesmo foi orçado em aproximadamente 47 milhões de dólares, ficando o custo unitário em torno de US$281.000,00. Outro ponto que merece desta- que foi a preparação da Linha de Outra etapa na montagem dos M-113BR (M-113A2Mk1). Expedito Carlos Stephani Bastos O primeiro protótipo do M-113BR, após a primeira bateria de testes realizados pelo CAEx, no Rio de Janeiro, RJ, volta ao PqRMnt/5 para ajustes e retornará para a segunda bateria. Expedito Carlos Stephani Bastos Os dez primeiros M-113BR (M-113A2Mk1) entregues ao 29º BIB, de Santa Maria (RS), em Maio de 2014. 29º BIB OPERACIONAL 2015 | 33
  • 9. Modernização no PqRMnt/5, que teve o seu quadro complementar de pessoal acrescido de mais 25 sar- gentos mecânicos, bem como am- pliação na construção e adaptação de suas instalações, principalmente em relação ao Pavilhão de Supri- mentos e a construção de um novo Pavilhão de Garagem. O objetivo maior deste programa é com relação ao desempenho das VBTP M-113BR poderem acompa- nhar as Viaturas Blindadas de Com- bate, Carros de Combate Leopard 1A5 quando estes estiverem numa FT, devido a sua maior relação peso/potência quando comparada com a mesma relação daqueles. A ideia é dotar as Brigadas Blindadas com estes veículos, o que já vem ocorrendo. O projeto de modernização dos M-113B é extremamente complexo, pois é muito mais do que uma ma- nutenção de 4º Escalão, implicando diversas modificações introduzidas em versões posteriores e em todos os seus sistemas integrados, obe- decendo a uma sequência de diver- sos processos. E todo este trabalho vale o lema do PqRMnt/5 que diz: “Aqui produzi- mos poder de combate”. MODERNIZAÇÃO DO M-113 NO EXÉRCITO BRASILEIRO EXÉRCITO www.revistaoperacional.com.br 34

28 agosto 2025

VBTP-MR Guarani: O Novo Pilar da Força Terrestre Brasileira

 

VBTP-MR Guarani: O Novo Pilar da Força Terrestre Brasileira


VBTP-MR GUARANI.
 O futuro da mobilidade do exército brasileiro



FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 105 Km/h.
Alcance Maximo: 600 Km.
Motor: Motor Iveco Cursor 9 com 383 hp movido a diesel.
Peso: 17,5 Toneladas (preparado para operação amphibia.
Comprimento: 6,91 m.
Largura: 2,7 m
Altura: 2,3 m.
Tripulação: 3+8 soldados equipados.
Inclinação frontal: 60º
Inclinação lateral: 30º
Passagem de vau: Anfíbio.
Obstáculo vertical: 0,5 m
Trincheira: 1,3 m.
Armamento: Metralhadora FN Mag cal 7,62X51 mm; um lançador automático de granadas LAG-40 de 40 mm; uma metralhadora M-2HB cal .50 (12,7 mm); Uma torre UT-30BR com um canhão de 30 mm mais uma metralhadora em calibre 7,62X51 mm coaxial; um canhão LCTS-90 em calibre 90 mm; um morteiro pesado em calibre 120 mm.


O exército brasileiro, como todas as forças armadas do Brasil, carece de modernos meios de combate para suas atribuições. Esta afirmativa não é nenhuma novidade para os poucos patriotas que acompanhar a agonia em que se encontra nossa força terrestre quando tratamos de seus meios de combate. A situação chegou a ser tão explicita que o governo brasileiro acabou sendo forçado (digo forçado, pois é claro e flagrante a total falta de sensibilidade dos péssimos políticos brasileiros diante da grave situação militar brasileira) a tomar alguma providência para amenizar este quadro. Um dos muitos equipamentos do exército brasileiro que está em péssima situação é o famoso veículo blindado de transporte de tropas EE-11 Urutu, cuja empresa fabricante, Engesa, faliu em outubro de 1993, causando alguma dificuldade párea executar a manutenção dos velhos Urutus. Além disso, a blindagem do Urutu se mostrou fraca e podia ser penetrada por tiros em calibre 7,62X51 mm perfurantes de blindagem, como foi demonstrado na missão brasileira no Haiti, onde ocorreu eventos deste tipo. Assim, estava claro que era fundamental ao exército brasileiro adquirir um novo blindado de transporte de tropas que pudesse dar a mobilidade e segurança aos soldados no campo de batalha moderno. Aproveitando o momento de se adquirir este novo veículo, o exercito determinou alguns outros requisitos que tornará o novo blindado, um produto que possa ter sucesso no mercado internacional, também..

A empresa escolhida pelo exercito para fornecer este novo blindado foi a Iveco Veículos de Defesa, uma empresa do grupo Fiat e o veiculo passou a se chamar VBTP-MR (veículo Blindado de Transporte de pessoal media de Rodas) e foi nomeada “Guarani” em uma votação aberta ao publico. A encomenda feita pelo governo brasileiro foi de 2044 veículos Guarani em varias versões que devem ser entregues até 2030.
O Guarani é, evidentemente, fortemente baseado em um outro produto da Iveco, o SuperAV, um blindado 8X8 desenvolvido antes do programa brasileiro. Esse é um dos principais motivos da rapidez com que este programa foi levado a cabo. 
O Guarani possui a mesma configuração do Urutu, ou seja 6X6 e seu motor, é o Iveco Cursor 9 turbo diesel, que fornece 383 Hp de força ao veículo. Assim, o Guarani, poderá rodar a 105 km/h em estradas. O Guarani é totalmente anfíbio e quando na água, pode navegar a 9 km/h.



O guarani está equipado com uma blindagem leve, capaz de proteger ele contra disparos de todos os tipos de projéteis em calibre 7,62X51 mm (inclusive, perfurantes de blindagem) e fragmentos de granadas. Seu assoalho foi projetado com forma em “V” para dissipar detonações de minas terrestres e IEDs (explosivos improvisados) que já causaram centenas de mortes e muita destruição em blindados convencionais no Iraque e Afeganistão. A capacidade de proteção NBC (nuclear, bacteriológico e químico) é um opcional e não vem de série.
Como o projeto do Guarani segue a tendência de praticamente todos os novos projetos em blindados, ele terá uma modularidade que lhe será muito útil para adaptação de placas de blindagem extra, reforçando sua capacidade a níveis bem mais resistentes, caso seja necessário, além de se poder integrar diversos armamentos de vários tipos. 

O armamento da versão básica será uma metralhadora M-2 em calibre.50 (12,7 mm), porém diversas torres controladas remotamente e armadas com metralhadoras 7,62X51 mm, lança granadas de 40 mm,, e metralhadora pesada em calibre 12,7 mm, também podem ser instaladas facilmente no Guarani. Muitas unidades dele estarão armadas, porém, com uma torre retrátil UT-30BR, desenvolvida pela Elbit System, de Israel, que possui um canhão de ATK de 30 mm e uma metralhadora coaxial de 7,62X51 mm e um sensor óptico para uso do comandante do veículo e outro para o artilheiro. Além disso, há sistemas de defesas como um alerta de laser LWS que avisa o comandante quando o veiculo estiver sendo iluminado por um designador de alvos a laser.
Esta torre tem proteção blindada padrão STANAG 4569 nível 2, capaz de proteção contra disparos de projéteis em calibre 7,62X39 mm (como dos AK-47), porém esta proteção pode ser ampliada para nível 4 e “segurar” impactos de projéteis de metralhadoras pesadas em calibre 14,5X114 mm.

O Guarani básico, para transporte de tropas terá capacidade de transporte de 3 tripulantes mais 8 soldados totalmente equipados dispostos numa cabine mais espaçosa que a do Urutu, dando melhor conforto para os militares.
Uma das versões que o Guarani terá será um veículo de reconhecimento, que substituirá os atuais veículos cascavel, e será armado com um canhão LCTS 90 em calibre 90 mm. Esta versão manterá a configuração 6X6 original do Guarani.
O Guarani é uma solução para substituir o velho Urutu e os veículos de reconhecimento Cascavel, que já passaram da hora de serem aposentados devido a obsolescência destes antigos projetos. Hoje, ambos os veículos que serão substituídos pelo Guarani só servem para desfilar em festas de 7 de setembro, pois na prática são fracos e mal equipados. A quantidade de 2044 unidades adquiridas é um excelente numero para um exército com a grande responsabilidade de defender este território gigante que é o Brasil.



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Começou a fabricação do primeiro protótipo de blindados de transporte de pessoal, conhecido como VBTP-6X6 MR (Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média sobre Rodas) e deverá ser entregue ao Exército Brasileiro no fim de 2009, de acordo com fontes da empresa italiana responsável, a IVECO Veículos.
A empresa disse que o protótipo vai passar por uma extensa e cuidadosa análise programada pelo EB, e se aprovado, os primeiros 16 veículos serão entregues durante 2011, segundo o Jane’s Defense Weekly. 
O VBTP-MR é uma nova concepção, com base nas características da família IVECO Puma em serviço no Exército Italiano.
Este projeto, inicialmente denominado Urutu III, apresenta um blindado sobre rodas 6 × 6 e 8 × 8, em diferentes configurações.
O atual contrato entre o Exército Brasileiro e a Iveco termina em 2011, mas espera-se que seja seguido por outra produção em série, com entregas de até 50 veículos por ano.
































O VBTP-MR Guarani é muito mais do que um veículo blindado. É um símbolo de modernização, soberania tecnológica e capacidade industrial do Brasil . Sucessor direto do lendário EE-11 Urutu , este blindado representa a nova geração da mobilidade militar brasileira — projetado para operar em qualquer terreno, proteger suas tripulações com tecnologia de ponta e conectar-se ao futuro da guerra digital.

Desenvolvido pela Iveco Defense Vehicles em parceria estratégica com o Exército Brasileiro , o Guarani é o resultado de um projeto de ambição nacional: equipar as forças terrestres com um veículo moderno, produzido no Brasil, por brasileiros e para o Brasil .


Um Projeto Estratégico de Defesa Nacional

O programa do VBTP-MR (Veículo Blindado de Transporte de Pessoal – Médio sobre Rodas) faz parte do Programa Estratégico de Produtos de Defesa (PEPD) , lançado pelo Ministério da Defesa para reduzir a dependência de importações e fortalecer a indústria nacional de defesa.

O contrato foi assinado em 2010 , com a produção centralizada na fábrica da Iveco em Sete Lagoas (Minas Gerais) . Mais de 70% dos componentes são nacionais , envolvendo uma cadeia de centenas de empresas brasileiras — desde fornecedores de blindagem balística até desenvolvedores de sistemas eletrônicos e comunicações táticas.

O nome "Guarani" homenageia um dos povos indígenas mais emblemáticos do Brasil, simbolizando raízes, resistência e identidade nacional - valores que ecoam na missão do veículo: proteger a pátria com força, dignidade e autonomia.


Características Técnicas: Potência, Proteção e Mobilidade

Tipo
VBTP-MR (6x6 ou 8x8)
Fabricante
Veículos de Defesa Iveco (Brasil)
Ano de entrada em serviço
2014
Tripulação
2 (motorista e comandante)
Capacidade de tropa
8 a 10 soldados
Peso operacional
19 a 22 toneladas (com blindagem modular)
Motor
Iveco Tector 8.7L, 6 cilindros, 420 cv
Transmissão
Automática ZF 6HP602
Velocidade máxima
108 km/h (estrada)
Alcance
800 km
Capacidade de anfíbia
Sim — propulsão por hidrojato traseiro
Blindagem
STANAG 4569 Nível 3 (7,62 mm AP) e antiminas Nível 3a/3b
Sistema de Comando
Integrado aoSISFRONe ao sistema C4I do Exército

Tecnologia de Combate do Século XXI

O Guarani foi projetado para enfrentar os desafios do território brasileiro — da floresta densa da Amazônia às pantaneiras, das estradas precárias do Nordeste às operações urbanas complexas.

Seus diferenciais incluem:

  • Plataforma modular : permite conversão rápida entre funções
  • Suspensão hidropneumática avançada : alto desempenho em terrenos irregulares
  • Sistema CBQ : proteção contra agentes químicos, biológicos e nucleares
  • Conectividade tática : integrado ao sistema de comando e controle do Exército (C4I)
  • Baixa assinatura térmica e acústica : dificulta a detecção por sensores inimigos
  • Cabine com absorção de energia : maior sobrevivência em emboscadas com minas

Uma Família de Veículos de Combate

O Guarani não é um único veículo — é uma plataforma multipropósito , com diversas variantes especializadas:

6x6 e 8x8
Transporte de tropas em diferentes níveis de proteção
VBCI
Veículo de Combate de Infantaria (torre REMAX II, canhão 30 mm)
VBCOAP
Comando e controle operacional
Ambulância de Combate
Evacuação médica em zona de conflito
Recuperação
Resgate e apoio logístico em campo
Morteiro
Apoio de fogo indireto (81 mm ou 120 mm)
Anti-tanque
Mísseis MAX 1.3 ATGM (anti-carro)
Reconhecimento
Sensores e vigilância tática

Essa flexibilidade faz do Guarani o eixo central da futura brigada integrada do Exército Brasileiro.


Em Operação: Protegendo o Território Nacional

O Exército prevê a aquisição de 2.044 unidades até 2035. Hoje, o Guarani já está em serviço ativo em:

  • Brigadas de Infantaria Blindada
  • Fronteiras Integradas ao SISFRON
  • Missões de paz da ONU
  • Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)

Sua capacidade anfíbia é um trunfo estratégico: pode atravessar rios, pântanos e zonas alagadas sem preparação — essencial para um país com 16.886 km de fronteiras terrestres e vastas áreas de difícil acesso.


Um Marco da Indústria Nacional de Defesa

O Guarani é um projeto de soberania estratégica . Além de modernizar o Exército, ele:

  • Fortalece a cadeia de defesa nacional
  • Geração de milhares de talentos
  • Desenvolver tecnologia de ponta no Brasil
  • Abre o caminho para exportações futuras

Países da América Latina, África e Sudeste Asiático já demonstraram interesse no veículo — um sinal de que o Brasil pode, sim, competir no mercado global de defesa.


Do Urutu ao Guarani: A Evolução do Blindado Brasileiro

O Urutu foi o orgulho de uma geração que provou que o Brasil poderia construir seus próprios blindados. O Guarani é a resposta de uma nova era: um Brasil que integra, inova e lidera .

É um veículo feito para o futuro:

  • 🔹 Digital
  • 🔹 Conectado
  • 🔹 Protegido
  • 🔹 Nacional em essência

Mais do que metal e motor — o Guarani é força, tecnologia e soberania em movimento .


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