EE-17 SUCURI 1

FICHA TÉCNICA
Velocidade máxima: 110 Km/h.
Alcance Maximo: 600 km.
Motor: Detroit Diesel 6V53T, turbo alimentado, refrigerado a água com 300 HP a diesel.
Peso: 18,5 Toneladas.
Comprimento: 7,75 m.
Largura: 2,80 m.
Altura: 2,50 m.
Tripulação: 4..
Inclinação frontal: 60º.
Inclinação transversal: 30º.
Passagem de vau: 1,5 m.
Obstáculo vertical: 0,60 m
Trincheira: 1,2m
Armamento: Um canhão Giat CN-105 D1504 de 105 mm; uma metralhadora coaxial MAG calibre 7,62X51: uma metralhadora anti aérea Browning M27,62X51 mm, quatro lançadores de granadas fumigeneas.
O armamento principal consistia em um canhão de origem francesa Giat CN-105 D1504 de 105 mm, com sistema de descarga automático e disparo elétrico e mecânico podendo disparar munições do tipo HE (carga explosiva), HEAT (carga explosiva antitanque) HESH (carga explosiva esmagante) Possuía um depósito de munição para vinte e três projéteis de 105 mm na torre e mais vinte no interior do veículo. Com sistema de disparo elétrico e manual, alcance de 600 m e razão de disparo na ordem de 12 tiros por minuto, além de quatro lançadores de granadas fumigeneas. Como armamento secundário possui uma metralhadora coaxial FN MAG calibre 7,62X51 mm e metralhadora antiaérea Browning M2 cal .50 (12,7 mm).
A torre era do tipo FL-12 oscilante, importada da França (idêntica à utilizada nos veículos AMX-13, SK-105 ou Panhard EBR), operada eletro-hidráulicamente, com tripulação de dois homens (comandante e artilheiro), giro de 360º, elevação total 17º 30’ (de -5º a +12º 30’), com equipamento ótico de dez periscópios (ampliação 1:1) dispostos em volta das escotilhas, telescópio monocular (ampliação 6:1) para direção do canhão, equipamentos de visão noturna ativa ou passiva, sistemas de rádio e intercomunicação e telêmetros laser.

A carcaça era uma estrutura monobloco em chapa bi-metálica blindada. Essa blindagem é composta de duas camadas de aço: a camada externa é formada de uma liga de aço mais rígida, enquanto a camada interna e formada de uma liga de aço mais maleável e menos rígida, porém mais resistente soldada, similar as usadas nos outros veículos da ENGESA, com isolação térmica e acústica, bem como gancho traseiro para reboque e quatro suportes para iça mento. A blindagem do Sucuri I é capaz de “segurar” projéteis de calibre 14,5 mm e fragmentos de explosivos em toda a sua carroceria. Como equipamento opcional do veículo, poderia ter aquecedor, ar condicionado e sistema automático de controle de pressão dos pneus As rodas com cubos raiados em aço fundido e aros estampados com pneus militares “à prova de balas” 14.00 x 20 – 18 lonas. Além disso, o Sucuri pode operar em ambiente NBC (nuclear, Químico e Biológico) através de Filtros instalados no sistema de ar condicionado do veiculo. A guarnição do EE-17 Sucuri é composta por três homens: motorista, comandante e atirador. Cada um dos tripulantes possuiu uma escotilha própria. Na carcaça havia uma porta lateral localizada na esquerda do veiculo e uma porta na traseira, para facilitar o acesso aos compartimentos do motorista e da torre.

A propulsão do Sucuri I e feita por um motor Detroit Diesel 6V53T, seis cilindros em “V”, 5212 cm3 de cilindrada total, dois tempos, turbo alimentado, refrigerado a água, potência máxima de 300 hp, levando o veiculo a alcançar em estradas 110 km/h (fazendo dele o caça tanque mais veloz do mundo na época), com transmissão automática Allisson MT 640, com quatro velocidades à frente e uma à ré, caixa de transferência mecânica Engesa, duas velocidades com engrenagens helicoidais de engrenamento constantes, árvore de transmissão tubular com juntas universais Hooke, suspensão e eixo dianteiro propulsor, por feixes de molas semi-elípitcas, amortecedores telescópios de dupla ação e barras estabilizadoras, eixo dianteiro propulsor direcional. Sua autonomia era de 600 km. A suspensão traseira era por feixes de molas e barras estabilizadoras, e o eixo propulsor articulado Engesa “Boomerang” (como no Cascavel) com facões laterais e sistema de bloqueio do diferencial. Sistema central de calibragem dos pneus (CTIS) permite mobilidade elevada em qualquer tipo de terreno. O EE-17 Sucuri teve seu motor instalado na parte frontal direita. Os tanques de combustível e de munição situavam-se logo atrás do motor separados por uma parede corta fogo.

O veículo foi levado pela ENGESA para vários países como Marrocos, Kuwait, Iraque, Grecia e Venezuela para realizar testes e demonstrações. Mas a preferência de muitos acabou sendo por modelos de lagartas fabricados na Áustria (SK 105 Kurassier) e produzidos em grande quantidade, tanto que acabou sendo adotado pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira e recebidos em 2001, com a mesma torre do Sucuri.

EE-17 SUCURI I: O Primeiro Passo para o Sucessor do Cascavel
No final da década de 1980, enquanto a EE-9 Cascavel se consolidava como um dos veículos de reconhecimento mais eficazes da América Latina, a Engesa — então líder da indústria de defesa brasileira — já olhava para o futuro. Surgia então o EE-17 SUCURI I , um protótipo visionário e ousado, concebido como o primeiro fruto da tentativa de fornecer um sucessor moderno ao Cascavel .
O nome Sucuri , inspirado na cobra de grande porte e movimento silencioso, simbolizava exatamente o que o veículo buscava: agilidade, poder de fogo e discrição em operações de reconhecimento profundo .
Baseado na mesma plataforma 6x6 de Cascavel, o EE-17 mantinha a configuração de rodas, mas trazia mudanças significativas no design, blindagem e capacidade de combate. O objetivo era claro: criar um veículo mais protegido, com melhor desempenho tático e apto a operar em cenários de guerra moderna, onde a vulnerabilidade dos veículos era cada vez mais evidente.
🔧 Características e novidades
O SUCURI I apresentou um casco redesenhado , com linhas mais angulares e inclinadas, melhorando a proteção balística e diminuindo a silhueta. A blindagem, embora ainda leve, foi reforçada em áreas críticas, oferecendo proteção contra tiros de fuzil 7,62 mm AP e estilhaços de obus.
Sua arma principal era uma caça Browning M2 de 12,7 mm montada em torre aberta, com possibilidade de instalação de armas secundárias. Alguns protótipos também foram testados com torres remotas e sensores de visão noturna — tecnologias ainda raras na época no Brasil.
Apesar de manter o motor Detroit Diesel 6V-53T (200 cv) de Cascavel, o SUCURI I foi projetado com espaço para motores mais potentes, mostrando sua vocação para evolução.
🚫 Um projeto bloqueado
Apesar do potencial, o EE-17 SUCURI nunca entrou em produção em massa . O colapso da Engesa no início dos anos 1990, após a crise financeira e o fim do ciclo de exportações de blindados, interrompeu o desenvolvimento do projeto.
O SUCURI I apresentou como um protótipo ambicioso , um "quase" herdeiro de Cascavel — um sinal de que poderia ter sido se as condições e econômicas fossem mais desenvolvidas.
🌟 Legado e gradual
Embora o SUCURI não tenha substituído o Cascavel, ele abriu caminho para futuros desenvolvimentos. Seu espírito de modernização e inovação foi retomado décadas depois com o VBTP-MR Guarani e com o programa do novo veículo de reconhecimento (VRC – Viatura de Reconhecimento de Combate) , que busca, enfim, substituir o icônico Cascavel.
O EE-17 SUCURI I, portanto, não foi apenas um experimento técnico. Foi um símbolo da ambição brasileira em dominar a engenharia de defesa — e um lembrete de que, mesmo quando os projetos não seguem adiante, eles plantam as sensações do futuro.
📋 Ficha Técnica: EE-17 SUCURI I (Protótipo – Engesa)
Fonte: Arquivos do Exército Brasileiro, museus militares, documentação Engesa.
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