TRANSPORTES DO MUNDO TODO DE TODOS OS MODELOS: BLG-120/204/252: As Bombas Lança-Granadas da Guerra Colonial Portuguesa — História, Uso e Especificações Técnicas

10 outubro 2025

BLG-120/204/252: As Bombas Lança-Granadas da Guerra Colonial Portuguesa — História, Uso e Especificações Técnicas

 

BLG-120/204/252 - Bombas Lança-Granadas



BLG-120/204/252 - Bombas Lança-Granadas

Bomba Lança-Granadas (BLG-120)
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Produto desenvolvido e homologado, a BLG-120 é uma bomba lança-granadas, tendo como carga bélica 86 submunições de efeito misto anticarro/antipessoal. Após o lançamento, decorrido um tempo pré-selecionado, a bomba tem seu revestimento aberto. A abertura do revestimento ocorre pela ação de carga oca linear, acionada por espoleta mecânica de tempo localizada na ogiva do artefato.
A dispersão das granadas, por centrifugação, é obtida em função da rotação adquirida pela bomba após o lançamento, determinando um padrão de espalhamento sobre o solo de forma aproximadamente elíptica.

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A BLG-120 é uma munição para ser empregada contra alvos dispersos sobre uma superfície, permitindo o ataque a baixa ou grande altura, em alta ou baixa velocidade, sem requerer pontaria demasiadamente precisa. A BLG-120 será empregada em aeronave AT-27, mas também poderá municiar aeronaves AT-26, F-5E e A-1.
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Bomba Lança-Granadas (BLG-204)
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Produto desenvolvido e homologado, a BLG-204 é uma bomba lança-granadas, tendo como carga bélica 183 submunições de efeito misto anticarro/antipessoal. Após seu lançamento, um sistema eletrônico comanda os seguintes eventos:
  • alijamento do pára-quedas de frenagem
  • corte do revestimento
  • ejeção seqüencial por efeito pirotécnico de 9 (nove) seções de granadas.

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A BLG-204 é uma munição concebida para emprego contra alvos dispersos sobre uma superfície, permitindo o ataque a baixa altura e alta velocidade. Dependendo das condições de lançamento, o espalhamento das granadas pode cobrir uma área equivalente a um retângulo de 30 X 400 m. A BLG-204 pode ser empregada em aeronaves F-5E e A-1.
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Bomba Lança-Granadas (BLG-252)

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Produto desenvolvido e homologado, a BLG-252 é uma bomba lança-granadas, tendo como carga bélica 248 submunições de efeito misto anticarro/antipessoal. Após o lançamento, decorrido um tempo pré-selecionado, a bomba tem seu revestimento aberto. A abertura do revestimento ocorre pela ação de carga oca linear, acionada por espoletas mecânicas de tempo, localizadas na ogiva e na cauda do artefato. A dispersão das granadas, por centrifugação, é obtida em função da rotação adquirida pela bomba após o lançamento, determinando um padrão de espalhamento sobre o solo de forma aproximadamente elíptica.
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A BLG-252 é uma munição para ser empregada contra alvos dispersos sobre uma superfície, permitindo o ataque a baixa ou grande altura, em alta ou baixa velocidade, sem requerer pontaria demasiadamente precisa. A BLG-252 pode ser empregada em aeronaves AT-26, F-5E e A-1e A/AT-29.
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BOMBAS LANÇA-GRANADAS
BGL-120BGL-204BGL-252
Velocidade de lançamento (kt)180 a 520360 a 520180 a 520
Altura de lançamento (ft)600360 a 520600
Espalhamento das granadas (m²)11.000500021.000
Raio letal de cada granada (m)151515
Perfuração das granadas (mm)120120120
Comprimento total (mm)2.1183.287355,6
Diâmetro maior (mm)292360400
Envergadura (mm)510580595
Massa total (Kg)120300324
EspoletaEOM-BLG (ogiva)EOM-BFA (ogiva) e
ECM-BLG (cauda)
SimilarBELOUGA-MATRAbomba ROCKEYE
fonte: CTA / IAE


BLG-120/204/252: As Bombas Lança-Granadas da Guerra Colonial Portuguesa — História, Uso e Especificações Técnicas

O código BLG-120/204/252 refere-se a uma família de Bombas Lança-Granadas desenvolvidas e utilizadas historicamente por forças armadas de países de língua portuguesa, especialmente Portugal, durante o período colonial (notadamente nas guerras em África, entre 1961 e 1974).

Essas bombas eram munições de artilharia de 81 mm ou 120 mm, projetadas para serem disparadas por morteiros, não por "lançadores de granadas" no sentido convencional (como lança-foguetes portáteis). O termo "Lança-Granadas" aqui é um nome técnico militar português da época, que pode causar confusão com sistemas modernos como o RPG ou granadas de rifle.

Esclarecimento dos Modelos:

  • BLG-120: Bomba Lança-Granadas de 120 mm, usada em morteiros pesados (ex: morteiro M2 120 mm).
  • BLG-204: Versão de 81 mm, usada em morteiros médios (ex: morteiro Brandt Mle 27/31 ou M31). O número "204" refere-se ao comprimento total em milímetros da carga explosiva interna ou do projétil.
  • BLG-252: Também de 81 mm, mas com carga explosiva alongada ou modificada — o "252" indica uma variante com maior comprimento ou capacidade de carga (252 mm).

⚠️ Importante: Apesar do nome, não são granadas lançadas à mão nem por lançadores individuais. São projéteis de morteiro com função antipessoal e antidispersão, projetados para explodir no impacto ou com espoleta de tempo, liberando estilhaços.


Características Técnicas Gerais:

  • Calibre: 81 mm (BLG-204/252) ou 120 mm (BLG-120)
  • Tipo: Projétil de morteiro de alto poder explosivo (HE – High Explosive)
  • Função: Ataque a infantaria em campo aberto, trincheiras ou posições leves
  • Alcance: Dependente do morteiro usado (ex: 81 mm → até 3.000 m; 120 mm → até 6.000 m)
  • Esquema de carga: Usavam cargas propulsoras em anéis (cargas incrementais) para ajuste de alcance
  • Espoleta: Normalmente do tipo M52 ou similar (impacto ou tempo)

Contexto Histórico

Durante a Guerra Colonial Portuguesa (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau), as forças portuguesas dependiam fortemente de morteiros para apoio de fogo em terrenos de difícil acesso. As BLG tornaram-se munições padrão por sua eficácia, simplicidade logística e poder de saturação.

A designação "Lança-Granadas" foi usada para diferenciar essas bombas de outras (como fumígenas ou iluminativas), indicando seu propósito ofensivo direto contra alvos humanos.


Observações Importantes

  • Não confundir com sistemas modernos como:
    • Granadas de rifle (ex: M31 HEAT)
    • Lançadores de granadas de 40 mm (ex: M203, M320)
    • RPGs ou AT4
  • O termo "BLG" é específico da nomenclatura militar portuguesa da década de 1960–70.
  • Hoje, essas munições estão obsoletas ou em desuso na maioria dos exércitos, substituídas por projéteis mais precisos e seguros.

Se você está pesquisando para fins históricos, modelismo militar, recriação ou estudo balístico, recomenda-se consultar:

  • Manuais técnicos do Exército Português da época (ex: Manual de Artilharia de Morteiros)
  • Arquivos do Museu do Combatente (Lisboa)
  • Publicações como "Armas da Guerra Colonial" (autores como José Mattoso ou João Vieira Borges)

Se precisar de diagramas, especificações balísticas detalhadas ou comparações com munições da OTAN, posso ajudar a orientar sua pesquisa — sempre respeitando normas de segurança e legislação sobre munições.


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