CORVETA BARROSO V-34

Corveta Barroso (V-34): A Joia da Marinha do Brasil em Patrulha pelos Oceanos
Introdução
Em um país com 7.400 km de costa, uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de 3,6 milhões de km² — a chamada “Amazônia Azul” — e crescentes ameaças à soberania marítima, a Marinha do Brasil precisava de uma embarcação versátil, moderna e 100% nacional.
A resposta veio em forma de aço, tecnologia e orgulho: a Corveta Barroso (V-34), a primeira unidade de guerra projetada e construída integralmente no Brasil em mais de 50 anos.
Mais do que um navio de guerra, a Barroso é um símbolo da capacidade industrial e estratégica do país — capaz de patrulhar, combater, resgatar e projetar poder em alto-mar.
Neste artigo, mergulhamos na história, tecnologia, missões e futuro dessa embarcação que carrega o nome de um dos maiores heróis navais do Brasil: o Almirante Francisco Manoel Barroso da Silva, comandante da vitória na Batalha do Riachuelo.
Origem: O Renascimento da Indústria Naval Brasileira
Após décadas de dependência de estaleiros estrangeiros, o Brasil decidiu retomar sua soberania naval. Em 1999, foi lançado o Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), com foco em navios de patrulha oceânica.
A encomenda foi feita à Indústria Naval do Ceará (INACE), que, em parceria com o Centro de Projetos de Navios da Marinha (CPN-MB), desenvolveu um projeto totalmente nacional — inspirado na corveta Inhaúma, mas com tecnologia atualizada, sensores modernos e maior autonomia.
A Barroso (V-34) foi lançada ao mar em 2002 e comissionada oficialmente em 19 de agosto de 2008. Uma segunda unidade, a Corveta Júlio de Noronha (V-35), entrou em serviço em 2012.
Missões e Papel Estratégico
A Barroso foi projetada para múltiplas funções:
- Patrulha da Amazônia Azul
- Combate a ameaças assimétricas (pirataria, narcotráfico, pesca ilegal)
- Defesa antissubmarina (ASW) e antiaérea limitada
- Apoio humanitário e evacuação de civis
- Presença naval em missões de paz da ONU
Sua versatilidade permite operar sozinha ou como parte de uma esquadra — ideal para um país com vasto litoral e recursos marítimos estratégicos.
Ficha Técnica Completa: Corveta Barroso (V-34)
Armamento
- 1 canhão OTO Melara 76 mm (superfície e antiaéreo)
- 2 canhões automáticos MSI DS30M 30 mm (defesa próxima)
- 2 lançadores quádruplos de mísseis antinavio Exocet MM40 Block II (alcance: 70 km)
- 2 lançadores de torpedos antissubmarino Mk 32 (triplos) com torpedos MU90 ou Mk 46
- Metralhadoras 12,7 mm (defesa assimétrica)
Sensores e Sistemas
- Radar de navegação Furuno
- Radar de superfície e aéreo Thales TM 1126
- Sistema de combate SIAC-3 (Sistema Integrado de Ação de Combate, desenvolvido no Brasil)
- Sonar de casco (hull-mounted)
- Sistema ESM/ECM (guerra eletrônica)
- Link de dados Link Y (comunicação tática com outras unidades)
Tecnologia 100% Nacional? Quase!
Embora o projeto seja brasileiro, alguns sistemas críticos ainda são importados — como os mísseis Exocet (França) e os motores MTU (Alemanha). Contudo, o SIAC-3, o software de combate, os painéis de controle e a integração geral foram desenvolvidos por engenheiros da Marinha e indústria nacional.
Isso representa um salto estratégico: o Brasil não apenas constrói navios, mas integra sistemas de combate complexos — um pré-requisito para futuros submarinos e fragatas.
Operações Reais: A Barroso em Ação
- Patrulha da Amazônia Azul: Monitoramento constante da ZEE contra pesca ilegal e exploração não autorizada de petróleo.
- Operação Ágata: Participação em grandes operações de defesa de fronteira e soberania.
- Missões internacionais: Embora não tenha sido enviada à ONU, está pronta para operações de paz.
- Treinamentos multinacionais: Exercícios com marinhas da África, América do Sul e EUA.
Em 2023, a Barroso participou do Exercício COMBINADO, reforçando a interoperabilidade com forças aliadas no Atlântico Sul.
Limitações e Desafios
- Falta de hangar para helicóptero: Reduz a capacidade ASW de longo alcance.
- Defesa antiaérea limitada: O canhão de 76 mm é eficaz, mas não substitui mísseis superfície-ar.
- Velocidade moderada: 26 nós é suficiente para patrulha, mas inferior a fragatas modernas (30+ nós).
Apesar disso, seu custo-benefício é excelente — estimado em US$ 200 milhões por unidade, muito abaixo de fragatas ocidentais.
Futuro: Sucessora e Legado
A classe Barroso pavimentou o caminho para o Programa de Construção de Fragatas Classe Tamandaré, com 4 unidades em construção pela Águas Azuis (parceria entre ThyssenKrupp e Embraer Defense).
Mas a Barroso continuará em serviço por mais 20+ anos, modernizada com:
- Novos radares AESA
- Mísseis antinavio nacionais (como o MANSUP)
- Sistemas de guerra eletrônica atualizados
Seu legado? Provar que o Brasil pode projetar, construir e operar navios de guerra de alto nível — com soberania tecnológica.
Conclusão
A Corveta Barroso (V-34) é muito mais que um navio: é um marco histórico da engenharia naval brasileira, um guardião da Amazônia Azul e um testemunho do que é possível quando nação e Marinha caminham juntas.
Enquanto os oceanos forem estratégicos, a Barroso — e suas sucessoras — continuarão navegando com orgulho, soberania e o azul do Brasil no horizonte.
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Tipo: Corveta
Tripulação: 160 tripulantes
Data do comissionamento: Novembro de 2008 ?
Deslocamento: 2350 toneladas
Comprimento: 103,4 mts.
Boca: 11,4 mts.
Propulsão: 2 motores a Diesel MTU Friedrichshafen (20V 1163 TB83) com 7400 hp cada e 1 Turbina a Gás General Electric (LM2500) com 27000 hp
Alcance: 7200 Km e 15 dias de mantimentos
Sensores: radar de busca aérea de médio alcance Selex Sistemi RAN-20S bidimensional com 120 km de alcance. Radar de controle de tiro Selex Sistemi RTN-30X com alcance de 39 km; Radar de navegação Racal-Decca TM-1226 com 27 km de alcance
Armamento: Um canhão de duplo emprego Vickers L-55 MK8 de 114,3 mm; Um canhão Bofors Trinity MK-3 de 40 mm; Dois lançadores duplos de mísseis MBDA MM-40 Block II Exocet; 2 lançadores triplos MK-32 de torpedos MK-46 Mod-5
Aéronaves: Um helicóptero Agusta Westland Super Linx anti-submarino.
Falar a respeito do descaso das autoridades, que governaram este país por décadas, a respeito da falta de investimentos nas forças armadas, chega a ser repetitivo além de cansativo, porém é fato de conhecimento publico esse drama vivido pelos profissionais que, pela constituição, devem defender a integridade deste país e que, de certa forma, fazem muito mais atos patrióticos que os integrantes do congresso nacional, que lesam dia após dia esse país. Uma das muitas conseqüências nefastas dessa realidade é o tempo, exageradamente demorado, para se fabricar um navio de porte de uma corveta, como foi o caso da corveta Barroso que demorou 14 anos para ser terminada e só agora entrou em testes no mar. No dia 17 de abril de 2008 a nova corveta Barroso fez suas primeiras evoluções no mar ao navegar pela Bahia de Guanabara, testando seus sistema de propulsão.


Inicialmente se pensava em se construir mais unidades da Inhaúma original, porém os problemas relacionados a navegação que levaram a o desenvolvimento de uma versão melhorada, acabou dando origem a uma classe nova de navio, a corveta Barroso.

A propulsão da Barroso é do tipo CODOG (combinação com motor diesel ou turbina a gás) consideravelmente mais potente que as da Inhaúma. Embora a turbina a gás seja a mesma, uma General Eléctric LM-2500 com 27500 hp de potência, porém os 2 motores a diesel modelo MTU-20 V1163 da barroso são bem mais potentes, proporcionando uma força de 7400 hp cada contra os 5800 hp que os motores MTU 16V 596 TB91 das Inhaúma conseguem. A barroso consegue uma velocidade de 29 nós (56 km/h), pouco mais veloz que as Inhaumas que chegam a 27 nós.

Esses sensores têm desempenho inferior à de qualquer fragata moderna, mas uma corveta não necessita de sistemas tão complexos dado a natureza de sua missão ser de menor alcance.



Para guerra antinavio são usados 2 lançadores duplos de mísseis MBDA MM-40 Block II Exocet, guiados por radar ativo e com alcance de 70 km. Este míssil já foi amplamente utilizado em diversos conflitos pelo globo, sendo considerado uma arma confiável e eficaz.
Para guerra anti-submarino, foram montados 2 lançadores triplos MK-32 para torpedos leves Alliant Techsystems MK-46 mod.5 com alcance de cerca de 7,3 km e capaz de atacar alvos a uma profundidade de até 365 m. Ainda para guerra anti-submarino é usado um helicóptero especializado Agusta Wetland Super Linx, capaz de transportar torpedos MK-46, e mísseis Sea Skua, antinavio





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