TRANSPORTES DO MUNDO TODO DE TODOS OS MODELOS: MAR-1: O Míssil Anti-Radiação Brasileiro que Silencia os Radares Inimigos

06 outubro 2025

MAR-1: O Míssil Anti-Radiação Brasileiro que Silencia os Radares Inimigos

 

Mísseis Anti-Radiação MAR-1 Mectron


MAR-1: O Míssil Anti-Radiação Brasileiro que Silencia os Radares Inimigos

No complexo tabuleiro da guerra moderna, dominar o espectro eletromagnético é tão crucial quanto controlar o céu ou o solo. E é nesse cenário que o MAR-1Míssil Anti-Radiação — se destaca como uma das armas mais sofisticadas e estratégicas desenvolvidas pelo Brasil. Projetado pela Mectron (hoje integrada ao Grupo SIATT), o MAR-1 é o primeiro e único míssil anti-radiação totalmente nacional, capaz de detectar, rastrear e destruir radares inimigos em tempo real, garantindo superioridade aérea em operações ofensivas e defensivas.


O Que é um Míssil Anti-Radiação?

Mísseis anti-radiação (do inglês Anti-Radiation Missiles – ARM) são armas projetadas para localizar e atacar fontes de emissão eletromagnética, principalmente radares de vigilância, controle de tráfego aéreo, defesa antiaérea e radares de mira de sistemas SAM (Surface-to-Air Missile).

Seu objetivo? Cegar o inimigo.
Sem radares, baterias antiaéreas ficam inoperantes, sistemas de defesa colapsam e aeronaves atacantes podem operar com muito mais segurança. É a arma essencial na chamada “Supressão de Defesas Aéreas Inimigas” (SEAD – Suppression of Enemy Air Defenses).


Desenvolvimento e Soberania Tecnológica

O projeto MAR-1 começou nos anos 1990, impulsionado pela necessidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de ter uma capacidade autônoma de SEAD — especialmente após restrições internacionais à venda desse tipo de tecnologia.

Desenvolvido pela Mectron em parceria com o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o MAR-1 tornou-se operacional em 2008 e foi integrado às aeronaves F-5M Tiger II da FAB. Hoje, está em processo de integração com o Gripen E/F, o novo caça de 4,5 geração da Força Aérea Brasileira.

100% nacional
Tecnologia sensível sob controle soberano
Exportado para países como Paquistão e Indonésia


Características Técnicas Principais

  • Alcance: ~20 km (versão básica), com versões avançadas estimadas em até 40–50 km
  • Ogiva: Explosiva fragmentada, otimizada para destruir antenas e equipamentos eletrônicos
  • Guiamento: Buscador passivo de banda larga (capaz de detectar múltiplas frequências de radar)
  • Memória de alvo: Mesmo que o radar inimigo seja desligado, o MAR-1 continua o voo rumo à última posição conhecida
  • Plataformas: F-5M, A-29 Super Tucano (em testes), e futuramente Gripen E/F

O sistema é compatível com pods de designação e sistemas de guerra eletrônica embarcados, permitindo ataques coordenados e em rede.


Importância Estratégica

O MAR-1 coloca o Brasil em um clube seleto de nações com capacidade de desenvolver e produzir mísseis anti-radiação — ao lado de EUA, Rússia, China, França e Israel.

Sua existência significa:

  • Autonomia operacional em conflitos regionais
  • Dissuasão eficaz contra ameaças aéreas adversárias
  • Capacidade de projeção de poder em operações de paz ou defesa coletiva
  • Fortalecimento da base industrial de defesa nacional

Além disso, o MAR-1 é um ativo de exportação de alto valor, reforçando a posição do Brasil como polo tecnológico em defesa na América Latina.


Evolução: MAR-1A e Futuro

A versão MAR-1A, já em desenvolvimento, traz melhorias como:

  • Maior alcance e precisão
  • Buscador com inteligência artificial para discriminação de alvos falsos
  • Resistência a contramedidas eletrônicas (ECM)
  • Integração com redes de combate em tempo real (C4ISR)

Há também estudos para uma versão terrestre, lançada de plataformas móveis, ampliando seu uso além da aviação.


Conclusão

O MAR-1 não é apenas um míssil — é um símbolo da soberania tecnológica brasileira.
Em um mundo onde a informação eletromagnética decide batalhas antes mesmo do primeiro tiro, ter a capacidade de calar os olhos do inimigo é um poder estratégico incomensurável.

Com o MAR-1, o Brasil não apenas protege seu espaço aéreo —
ele garante que, em qualquer cenário, será capaz de lutar com as próprias armas, feitas com as próprias mãos.


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MAR-1


O MAR-1 é um míssil tático do tipo ar-superficie anti-radiação de médio alcance com guiamento passivo por radar com múltipla opção de banda de passagem para ataque à sistemas de defesa antiaéreas baseadas em terra ou em plataformas marítimas. O MAR-1 será empregado no contexto de guerra eletrônica na função de Supressão da Defesa Aérea Inimiga. 

Os mísseis anti-radar tem limitação para serem adquiridos e por isto a FAB está desenvolvendo o MAR-1 junto com o CTA e a Mectron desde 1998. Depois de disparado o míssil sobe até 10 mil pés e começa a varrer a área do alvo antes de mergulhar. O motor terá 2 estágios e alcance de cerca de 25 kms quando lançado de uma altitude de 10.000 metros, e atingira uma velocidade entre Mach 0,5 e Mach 1,2. O míssil pode ser programado com pontos de referencia. O RWR do AMX pode ser usado para detectar alvos supondo um modo de auto-defesa. As aletas de controle ficam no meio do míssil.




Historia

Em 1998 foi iniciado o programa para desenvolvimento de um míssil anti-radiação para equipar as aeronaves A-1 (AMX) da FAB, sendo esperado para 2008 o fim do seu desenvolvimento.

Desde o início o programa foi conduzido pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), juntamente com a empresa Mectron, também de São José dos Campos, e atualmente se encontra na fase de ensaios. Segundo divulgação da FAB, já teriam sido realizados os ensaios de separação com a aeronave A-1B do IPEV (Instituto de Pesquissa e Ensaios em Vôo) DCTA.

Uma análise em cenário simulado mostrou que a cabeça de busca do MAR-1 tem condições de detectar um radar de baixa potência (no caso um diretor de tiro Skyguard) a distâncias maiores que 50 km.

Durante esta fase de desenvolvimento em que se encontra, constatou-se que uma das limitações para o emprego do MAR-1 é a definição da distância aeronave-radar, parâmetro imprescindível para um lançamento com sucesso. Tal fato pode ter levado seus desenvolvedores a reavaliarem alguns conceitos.

Uma das maiores dificuldades encontradas foi a falta de uma plataforma girométrica nacional (sistema de navegação que “pilota” o míssil enquanto este procura o alvo durante seu vôo) disponível para o míssil. Tal tecnologia é suscetível a embargos por razões políticas e estratégicas pelos países que dominam.

Para isso foi necessário um projeto, começando praticamente do zero, de um Bloco Girométrico Miniaturizado a Fibra Óptica com três eixos ortogonais que fornecessem ao computador de bordo as informações necessárias junto aos acelerômetros, garantindo precisão ao míssil.

O projeto deste subsistema foi financiado pelo FINEP e conduzido pelo IEAv (Instituto de Estudos Avançados do DCTA) e Mectron. Aparentemente foi concluído.

Um outro óbice surgiu em 1999 quando o governo brasileiro tentou efetuar uma compra de antenas espirais e alguns outros sistemas para o desenvolvimento da cabeça de busca do MAR-1 em um fabricante de Las Vegas, porém o governo americano vetou a compra alegando que "não é interessante para a defesa americana o Brasil introduzir armamentos anti-radiação nessa região". Diante deste obstáculo, o DCTA se viu com apenas uma alternativa: desenvolver localmente a cabeça de busca. Este subsistema então foi desenvolvido e testado com simuladores de emissões TS-100+ da Excalibur Systems (0,5 a 18 GHz) e aeronaves HS-125 da Divisão de Ensaios em Vôo do CTA, sabe-se inclusive que foi estudado pela FAB a instalação de sensores semelhantes nas aeronaves de patrulha P-95.

É provável que estejam sendo desenvolvidos duas cabeças de busca para o míssil, cada uma para certa faixa de freqüências dos radares alvos. Elas poderiam ser trocadas de acordo com o radar a ser atacado.

Inicialmente esperava-se que o MAR-1 fosse derivado do MAA-1, com as devidas adaptações nos sensores e aparência semelhante ao americano AGM-122 Sidearm, o que se mostrou equivocado quando da divulgação das primeiras imagens do míssil. Sua espoleta de proximidade foi (ou está sendo) desenvolvida pela empresa Opto Eletrônica de São Carlos que também participa do programa CBERS no qual será responsável por fabricar a câmera MUX para o satélite CBERS-3 capaz de gerar imagens de 20 metros de resolução, e do desenvolvimento de óculos de visão noturna (OVN) para o Exército Brasileiro, além de lentes, espelhos e espoleta de proximidade para o míssil MAA-1 e MAA-1B.




Quanto ao alcance que havia sido divulgado na imprensa especializada, que dava números de 25 km para um lançamento a 30 mil pés, a Mectron informa: “Isto está totalmente fora da realidade, são dados de um estudo aerodinâmico que não foram atualizados. O alcance atual, demonstrado em testes, é muito, mas muito maior que isso, e vamos melhorá-lo ainda mais. Para que se possa ter uma idéia, há pouco tempo efetuamos um teste com um novo motor que era tão potente que derreteu o bocal de exaustão e a porção traseira do míssil, fazendo com que tivéssemos que reprojetar tudo. Agora, um número real e definido eu não posso fornecer. É sigiloso”.1
Segundo o Brigadeiro Bueno, da Aeronáutica, vários países já solicitaram informações sobre o míssil.
O MAR-1 será empregado no contexto de guerra eletrônica, na função de supressão da defesa aérea inimiga.


No Paquistão

Paquistão começou a integrar os 100 mísseis anti-radiação MAR-1, fabricado pela Mectron, nos seus jatos de combate JF-17 Thunder e Dassault Mirage III e V.
O míssil possui um “seeker” passivo capaz de procurar e segmentar diferentes tipos de radares. Os radares podem ser direcionados de forma independente ou com os dados fornecidos pelas aeronaves de lançamento.


Fabricante: Mectron Indústria e Comércio
Produzido: 2012
Alcance: 60km a 100Km  
Altitude: 10.000m a 25.000m
Velocidade de lançamento: Mach 0,5 a Mach 1,2 (1200Km/h)
Ângulo de apresentação: Lóbulos laterais da antena do radar detectado
Ângulo de visada: 60°
Comprimento total: 4.030 mm
Diâmetro: 230 mm
Massa total: 274 Kg
Motor: Motor de foguete
Cabeça de Guerra: 90 Kg
Ogiva: Alto explosivo
Guiagem: Passiva
Sistema Orientação:  Radar passivo homing, home-on-jam, 800 MHz a 20 GHz
Espoleta: Ativa a laser

Custo: R$ 1.250.000,00 (Preço estimado da Venda do Missil Para o Paquistão)

Plataforma de Lançamento
A-1M 
F-5M 
Mirage III ( Projeto ROSE ) 
Mirage V (Projeto ROSE) 
JF-17 Trovão

Operadores 


Brasil 
Força Aérea Brasileira (?)


Paquistão 
Força Aérea do Paquistão (100)







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