TRANSPORTES DO MUNDO TODO DE TODOS OS MODELOS: Centigon no Brasil: Da Blindagem de Luxo aos Veículos de Controle de Distúrbios

27 outubro 2025

Centigon no Brasil: Da Blindagem de Luxo aos Veículos de Controle de Distúrbios

 

CENTIGON

Centigon no Brasil: Da Blindagem de Luxo aos Veículos de Controle de Distúrbios

Com raízes que remontam a 1876 — quando a empresa Sayers & Scoville começou a fabricar carruagens nos Estados Unidos —, a trajetória daquilo que hoje é conhecido como Centigon atravessa mais de um século de inovação em mobilidade e proteção. Após ingressar no setor de blindagem veicular na década de 1940, a empresa se consolidou como uma das maiores fornecedoras globais de soluções balísticas para veículos civis, militares e de segurança pública.

Em 2005, com sede transferida para a Bélgica, o grupo unificou suas operações sob a marca Centigon, presente em sete países com fábricas próprias. No Brasil, sua história começou uma década antes — e rapidamente se tornou um capítulo estratégico de sua expansão global.


Chegada ao Brasil e Expansão para o Setor de Defesa

A filial brasileira da Centigon foi inaugurada em 1996, em Barueri (SP), com foco inicial na produção de vidros balísticos e na blindagem de veículos civis — um mercado em ascensão diante da crescente demanda por segurança privada no país.

Mas foi em 2005 que a empresa deu um salto decisivo: passou a projetar e fabricar veículos especializados, marcando sua entrada no segmento de segurança pública e defesa. Nesse ano, atendeu uma encomenda internacional de destaque: 26 veículos blindados para a Líbia, em três configurações distintas, todas desenvolvidas no Brasil:

  1. Veículo para transporte de presos

    • Base: Ford F-550 (EUA)
    • Modificações: blindagem localizada, sem alterações estruturais significativas.
  2. Carro de combate a distúrbios urbanos (canhão de água)

    • Base: chassi 6×4 do Ford Cargo 2626 (fabricado no Brasil)
    • Equipamentos:
      • Tanque de 9.000 litros de água
      • Dois tanques de 60 litros para gases ou agentes químicos
      • Canhão d’água articulado
      • Lâmina de aço frontal para remoção de obstáculos
  3. Veículo de comando e controle

    • Mesmo chassi do Cargo 2626
    • Capacidade para 5 ocupantes
    • Cabine e sala de operações interligadas
    • Seis câmeras com zoom, monitores LCD com gravador de imagens
    • Ar-condicionado, banheiro químico, frigobar e beliche para descanso da equipe

Esses projetos contaram com a colaboração de ex-projetistas da Engesa, lendária empresa brasileira de veículos militares, contratados pela Centigon para compor seu núcleo técnico. A mesma expertise foi aplicada ainda em 2005, quando a empresa forneceu kits de blindagem para a frota de Land Rover do Exército Brasileiro.


Expansão Internacional e Novos Modelos

Em 2007, a Centigon atendeu nova encomenda do exterior, desta vez com veículos baseados em chassis International importados, apresentando cabine recuada — solução que melhora a proteção da tripulação:

  • Modelo 4×4: transporte tático para 16 homens
  • Modelo 6×6 “Manta”: canhão de água com tanque de 6.000 litros, lâmina frontal e tração robusta

Já na década de 2010, a empresa voltou seu foco ao mercado doméstico. Em 2011–2012, entregou à Polícia Militar do Distrito Federal o Centurion II, montado sobre o chassi Mercedes-Benz Axor 3344 6×4:

  • Capacidade para 21 policiais
  • Tanque de 4.000 litros de água
  • Unidade auxiliar de energia (para operar equipamentos sem ligar o motor principal)
  • Sistema avançado de monitoramento com múltiplas câmeras

Alacran: Flexibilidade e Adaptação

Em 2012, a Centigon lançou o Alacran, um veículo tático de menor porte, projetado no Brasil com base em plataforma da filial mexicana. Sua grande vantagem é a modularidade:

  • Configurações: 4×2 ou 4×4
  • Capacidade: 8 a 12 ocupantes
  • Níveis variáveis de proteção balística (conforme norma STANAG ou padrões nacionais)
  • Compatível com diversos chassis comerciais, facilitando manutenção e logística

O Alacran tornou-se uma opção versátil para forças policiais, unidades de resgate e operações de segurança em ambientes urbanos ou rurais.


Atuação no Segmento Civil

Além dos veículos táticos, a Centigon mantém forte presença no mercado civil de segurança. A empresa produz carros-fortes para transporte de valores, com carrocerias blindadas fornecidas pela Ceppe, outra referência nacional no setor. Essa parceria reforça sua capacidade de integrar soluções completas — do vidro balístico à estrutura blindada — com alto padrão de qualidade e certificação internacional.


Legado e Relevância Estratégica

A trajetória da Centigon no Brasil ilustra como uma empresa global pode absorver e potencializar talentos locais — como os ex-engenheiros da Engesa — para desenvolver tecnologia adaptada à realidade regional. Seus veículos, concebidos em solo brasileiro, já serviram em operações no Norte da África, América Latina e no coração do Distrito Federal.

Mais do que uma fábrica de blindagem, a Centigon tornou-se um polo de engenharia de mobilidade tática, capaz de equilibrar proteção, funcionalidade e custo operacional — provando que o Brasil continua sendo um terreno fértil para inovação em segurança e defesa.


#Centigon #BlindagemVeicular #VeículosTáticos #SegurançaPública #ForçasArmadas #DefesaNacional #Engesa #CarrosBlindados #ControleDeDistúrbios #CanhãoDeÁgua #Alacran #CenturionII #IndústriaDeDefesa #TecnologiaBrasileira #BlindagemBalística #PMDF #ExércitoBrasileiro #SegurançaPrivada #CarroForte #InovaçãoEmDefesa

As origens da empresa transnacional O’Gara-Hess & Eisenhardt remontam a  1876, quando Sayers & Scoville, uma de suas antecessoras, iniciou a fabricação de carruagens nos EUA. Na década de 40 do século seguinte entrou no negócio de blindagens, no qual é hoje uma das maiores fornecedoras mundiais. Sediada na Bélgica, em 2005 mudou seu nome para Centigon, unificando a marca nos sete países onde tem plantas industriais. A filial brasileira foi instalada em 1996 em Barueri (SP), dedicando-se inicialmente à fabricação de vidros balísticos e blindagem de veículos civis. Em 2005 a empresa iniciou a produção de veículos militares, exportando para a Líbia 26 unidades em três configurações diferentes: carro para o transporte de presos (sobre Ford F-550 de fabricação norte-americana), canhão de água e veículo de comando e controle, estes utilizando o chassi 6×4 do caminhão Ford Cargo 2626 nacional. O F-550 não teve alterações significativas em sua configuração original, a menos de blindagens localizadas; os dois outros modelos sofreram intervenções profundas, recebendo carrocerias especializadas e novas cabines. O carro de combate a distúrbios urbanos ganhou tanque com capacidade de 9.000 litros de água e dois tanques de 60 litros para gases e produtos químicos, além de canhão e lâmina de aço para remoção de obstáculos. O segundo modelo, com capacidade para cinco ocupantes, foi equipado com cabine e sala de comando interligadas, seis câmeras com zoom, monitores de TV em LCD com gravador de imagens, ar condicionado, banheiro químico, frigobar e um beliche para descanso da tripulação. Os três modelos foram concebidos no Brasil, com a colaboração de ex-projetistas da Engesa, contratados para o corpo de funcionários da Centigon. Ainda em 2005 a empresa forneceu kits de blindagem para parte da frota Land Rover do exército brasileiro.
Em 2007 atendeu a mais uma encomenda do exterior, fornecendo dois modelos de veículos blindados para combate a tumultos, dessa vez com cabine recuada, construídos sobre chassis International importados: um carro de transporte de pessoal 4×4, com capacidade para 16 homens, e um 6×6 com canhão de água e tanque para 6.000 litros (batizado Manta), ambos equipados com lâminas de aço frontais. Nova versão, denominada Centurion II, foi fornecida no início da década seguinte para a PM do Distrito Federal, montada sobre chassi Mercedes-Benz Axor 3344 6×4. Com capacidade para 21 policiais, estava equipado com canhão d’água com tanque de 4.000 litros, unidade auxiliar de energia e diversas câmeras. Em 2012 a empresa apresentou um carro para transporte de tropa de menor porte. Chamado Alacran, projetado no Brasil com base em modelo equivalente fabricado na filial mexicana, pode ser fornecido em diversas configurações, de acordo com as especificações do comprador: 4×2 ou 4×4, capacidade entre 8 e 12 tripulantes, diferentes níveis de proteção balística e chassis de origem variada. A Centigon também fabrica carros-forte para o transporte de valores, com carrocerias blindadas fornecidas pela Ceppe
<centigon.com.br> 

Nenhum comentário:

Postar um comentário