Berliet Tramagal
Berliet GLR (derivado deste camião) | |||
---|---|---|---|
Berliet GLR de onde derivou o Tramagal. | |||
Visão Geral | |||
Produção | 1950-1977 | ||
Fabricante | Berliet | ||
Matriz | Lyon, | ||
Modelo | |||
Classe | Camião de peso médio | ||
Ficha técnica | |||
Motor | diesel 5 cilindros 7.9 litros 120hp | ||
Transmissão | 4x2 4 marchas | ||
Modelos relacionados | L62, GLC 6, GLR 6, GLC 8, GLR 8, Berliet GLR 10, GLM 10, GBM 10, GLM 12, GBH 12, GLM 15, GBM 15, GBO 15, Tramagal GBH, Berliet Tramagal e Tramagal GBC-8KT | ||
Dimensões | |||
Peso | 13.500 | ||
Baseado no modelo Berliet Gazelle francês, a Berliet Tramagal foi um dos veículos mais utilizados pelas forças armadas portuguesas nos anos 60 e 70, em particular na Guerra Colonial.
História[editar | editar código-fonte]
A Berliet Gazelle foi a resposta francesa ao camiões GMC, Morris, Austin, e outros, que datando da Segunda Guerra Mundial ainda equipavam a maioria das forças armadas europeias nos anos 50/60.
Numa altura em que muitos destes países estavam envolvidos em conflitos nas suas colónias (a França na Guerra da Argélia, a Bélgica no Congo, e Portugal em plena Guerra Colonial), a necessidade de um veículo de transporte pesado, polivalente, e todo o terreno era grande.
Os técnicos da Berliet desenharam um veículo relativamente simples de produzir, robusto e de fácil manutenção, capaz de operar com fiabilidade nos terrenos e climas mais extremos.
Em 1962, a Metalúrgica Duarte Ferreira estabelece um acordo com a Berliet para montar sob licença no Tramagal sete modelos comerciais de várias gamas e capacidade de carga: o GAK, o GBK, o GLC, o GCK, o TBK, o TCK e o TFK[1]. A produção começa em Fevereiro de 1964 e, no outono desse ano, a Berliet faz a primeira demonstração de um camião para o Exército, levando ao campo de tiro de Alcochete o seu modelo GBC-8 4x4 KT[1]. Logo depois surge uma encomenda para 450 camiões militares GBC-8 KT 4x4, satisfeita entre junho de 1965 e fevereiro de 1966. Os camiões Berliet Tramagal, como ficam conhecidos, passam a ser usados nas três frentes da Guerra Colonial: em Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau. Em 1968, a Berliet e a Metalúrgica Duarte Ferreira começaram a desenvolver um camião mais simple, especialmente adaptado às necessidades do Exército. A viatura é ligeiramente mais curta e possui uma frente da viatura simplificada e com ângulos mais direitos, com aberturas laterais no compartimento do motor para facilitar a sua ventilação e evitar o sobreaquecimento nas condições difíceis de África. O motor é agora um M420/30X a gasóleo com 135 cavalos de potência.
Num espaço de dez anos, entre 1964 e 1974, a linha de montagem do Tramagal entregou um total de 3.549 veículos tácticos pesados Berliet-Tramagal às Forças Armadas portuguesas, repartidos por três modelos: 1.670 camiões GBC da versão 4x4 e outros 972 da versão 6x6 e 907 exemplares GBA 6x6[1]. Em 1976 são vendidas 134 viaturas a Angola e, três anos depois, outras 120.
Características Técnicas[editar | editar código-fonte]
Berliet Tramagal GBC 8KT CLD[editar | editar código-fonte]
- Comprimento máximo: 7.28M - Largura: 2.4M - Altura: 2.7M
- Peso vazio: 8000Kg. - Capacidade de carga 5000Kg.
- Sistema de tracção: Seis rodas motrizes
- Motor: Magik MK520 multi-combustível 5 cil 7900cc Potência: 125 cv
- Velocidade máxima: : 80 km/h
- Velocidade em terreno irregular: 35 km/h
- Tanque de combustível: 95 Litros
- Autonomia máxima: 563Km
- Guincho mecânico que tem saída para a frente e para trás do carro (o guincho encontra-se escondido, e seguir à caixa de transferências)
- Bloqueio de diferencias traseiros (põe as 4 rodas traseiras a puxar em simultâneo, a 100%)
- Estanquecidade do motor e depósito de combustível para submersão do veículo até cerca de 1,5m .
- Ângulos de ataque e saída muito elevados para um camião desta dimensão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário