O Leopard Security Vehicle é um APC incomum protegido contra minas terrestres usado pelo governo da Rodésia e pela população civil durante a Guerra Bush da Rodésia de 1964-1979
O Leopard Security Vehicle é um APC incomum protegido contra minas terrestres usado pelo governo da Rodésia e pela população civil durante a Guerra Bush da Rodésia de 1964-1979
| Veículo de segurança leopardo | |
|---|---|
Veículo de segurança Leopard Mk6, nº 594 de 700. | |
| Tipo | MPAV ("Veículo Blindado Protegido contra Minas") |
| Lugar de origem | Rodésia |
| Especificações | |
| Massa | Registrado como 2,2 toneladas (1980 kg), peso real do veículo seco sem tripulação 1760 kg |
| Equipe técnica | 1+5 (mais tarde 1+4 independentemente da versão) |
| armaduras | Marcas iniciais: chapa de aço macio com esteira transportadora intercalada, marcas posteriores; (casco inferior): chapa de aço "Bennox" de 12 mm, (casco superior): chapa de aço macio. (A blindagem destinava-se principalmente à proteção contra explosão de minas terrestres e oferecia resistência limitada ao fogo de armas pequenas). |
Armamento principal | LMG opcional de 7,62 mm, como o FN MAG , vários dispositivos anti-emboscada. |
Armamento secundário | Armas da tripulação |
| Motor | Dodge, motor a gasolina de 4 cilindros refrigerado a ar, Tipo 1, porta dupla. 1600cc |
| Suspensão | 2*4 rodas, tração traseira, construído em subconjuntos originais do Dodge Challenger. (Muitas vezes confundido com o trem de corrida VW Beetle ou Bug do mesmo período). |
Alcance operacional | Nunca registrado, mas estimado em menos de 300 km, sempre considerado inadequado devido ao tamanho limitado do tanque de combustível. |
| Velocidade máxima | Max 80 km/h em estrada de alcatrão. |
O Leopard Security Vehicle é um APC incomum protegido contra minas terrestres usado pelo governo da Rodésia e pela população civil durante a Guerra Bush da Rodésia de 1964-1979 . Ele oferecia proteção básica, mas necessária contra ataques a minas através do uso de um casco em V.
O Leopard foi projetado em 1974 por Ernest Konschel. É anterior e é semelhante em conceito ao Buffel sul-africano , mas é menor, e levava um motorista na frente direita, 2 passageiros atrás à direita e três à esquerda. Todos os passageiros estavam em bancos fixos no casco voltados para dentro. Ele é movido por um motor Volkswagen Tipo 1 localizado em um compartimento não blindado na parte traseira, atrás do eixo traseiro.
O veículo é notável por sua forma altamente incomum, todas as facetas destinadas a combater o efeito das explosões de minas terrestres.
- Cabine de casco em V ,
- barras de proteção externas circulares,
- teto macio, evitando o acúmulo de pressão indevida no casco em caso de explosão de uma mina terrestre.
- suspensão dianteira e traseira destacáveis e subconjuntos do motor,
- todos os assentos de passageiros estão equipados com tiras semi-ajustáveis de ombro e de colo,
- rodas de estrada deliberadamente posicionadas bem longe do compartimento de passageiros ou do casco, de modo que, se uma mina fosse acionada por uma roda de estrada, o casco não estivesse diretamente sobre o campo de explosão.
Este veículo é considerado o primeiro veículo monocoque à prova de minas produzido. O exemplo mostrado, do Imperial War Museum North em Manchester, Reino Unido, foi construído em 1978-9 de acordo com a etiqueta em anexo, tornando esta a variante Mk6.
Histórico de produção
O Leopard foi produzido na Rodésia de 1975 a 1979 pela Willowvale Motor Industries Ltd., e possivelmente no Sudoeste da África (Namíbia), a partir de um projeto de Ernest Konschel e sob a supervisão de Ernest Konschel. Ele era um engenheiro e agricultor rodesiano que também projetou o veículo detector de minas Pookie . Cerca de 700-750 leopardos são registrados como sendo produzidos com apenas 3 exemplares completos sobreviventes.
O Leopard destinava-se principalmente ao uso como veículo para fornecer proteção econômica à população civil, que era particularmente suscetível aos efeitos devastadores da guerra contra minas terrestres. Veículos à prova de minas não estavam prontamente disponíveis devido às severas sanções econômicas impostas à Rodésia na época.
Versões modificadas, particularmente aquelas com porta dupla na traseira, foram produzidas para as Forças de Segurança da Rodésia , embora este veículo nunca tenha encontrado um favor particular com essas formações armadas. Os veículos sobreviventes em exibição são fundamentalmente projetados e foram vendidos para uso civil.
Este veículo antecede o 'Buffel' sul-africano por vários anos. Muitos veículos projetados pela Rodésia foram enviados para a África do Sul para teste e 'engenharia reversa', dando origem à primeira geração de veículos monocoque sul-africanos à prova de minas.
O Leopard sofria de vários problemas práticos, que incluíam superaquecimento do motor VW 1600cc, Dual port, Tipo 2, refrigerado a ar ; falta de poder para atravessar terrenos difíceis e escapar de situações de emboscada; e a separação não intencional dos subconjuntos dianteiros ou traseiros do casco ao atravessar terrenos difíceis. A Polícia da Rodésia, BSAP , particularmente não favoreceu o veículo e preferiu vários outros veículos resistentes a minas, como o Cougar (também projetado por Konschel) e Land Rovers blindados produzidos localmente .
As fotos do IWM Leopard mostram a falta de dois equipamentos essenciais de proteção: uma malha de arame resistente curvada para encaixar no topo das barras de proteção que atuava como uma tela antigranada impedindo que estas entrassem no casco e o teto de lona que se estendia sobre a tela para ajudar ainda mais como uma medida anti-granadas e impedir a entrada de chuva. Este veículo foi repintado em algum momento em uma cor incorreta.
Operadores
Principalmente civil, mas utilizado por muitos ramos civis e paramilitares do governo rodesiano. O veículo não encontrou graça com o exército rodesiano .
Exemplos sobreviventes foram posteriormente passados para as forças de segurança do Zimbábue na independência. [1]
- Nelson, Haroldo. Zimbábue: Um Estudo de País . págs. 237-317.
Referências
- Laurent Touchard, Guerre dans le bush! Les blindés de l'Armée rhodésienne au combat (1964-1979) , Revista Batailles & Blindés n.º 72, abril–maio 2016, pp. 64–75. ISSN 1765-0828 (em francês)
- Peter Gerard Locke & Peter David Farquharson Cooke, Veículos de Combate e Armas da Rodésia 1965-80 , Publicação P&P, Wellington 1995. ISBN 0-473-02413-6
- Peter Stiff, Taming the Landmine , Galago Publishing Pty Ltd., Alberton (África do Sul) 1986. ISBN 9780947020040
💥 LEOPARD SECURITY VEHICLE — O “TIGRE DE FERRO” DA RODÉSIA: O APC INCOMUM QUE PROTEGIA CIVIS E MILITARES NA GUERRA BUSH (1964–1979) 💥
Em meio à turbulência da Guerra Bush da Rodésia — um conflito sangrento que sacudiu o sul da África entre 1964 e 1979 — surgiu uma máquina improvável, mas extremamente eficaz: o Leopard Security Vehicle. Não era um tanque, nem um blindado convencional… era um APC (Armored Personnel Carrier) caseiro, resistente a minas terrestres, projetado para proteger tanto soldados quanto civis em territórios hostis.
Hoje, vamos mergulhar na história deste veículo único — um símbolo de engenhosidade sob pressão, nascido da necessidade e da criatividade de uma nação cercada por guerra.
🛡️ FICHA TÉCNICA DO LEOPARD SECURITY VEHICLE
🔹 Nome Oficial: Leopard Security Vehicle
🔹 País de Origem: Rodésia (atual Zimbábue)
🔹 Período de Uso: 1960s – 1979 (Guerra Bush da Rodésia)
🔹 Tipo de Veículo: APC (Veículo de Transporte de Pessoal Blindado) / Viatura de Segurança Civil e Militar
🔹 Base do Chassi: Geralmente derivado de caminhões comerciais (como o Unimog, Land Rover, ou chassis de caminhão militar local)
🔹 Blindagem: Aço reforçado, com design V-hull (fundo em forma de “V”) para desviar explosões de minas
🔹 Proteção Anti-Minas: Sim — projeto específico para sobreviver a explosões de minas terrestres
🔹 Tripulação: 2–6 pessoas (condução + passageiros/defensores)
🔹 Armas Montadas: Geralmente metralhadoras leves (ex: Browning M2 .50 cal ou FN MAG 7.62mm), às vezes com suporte para granadas ou lançadores
🔹 Motor: Variável — motores diesel robustos, adaptados para operação em terrenos difíceis
🔹 Velocidade Máxima: ~80 km/h (dependendo da base mecânica)
🔹 Peso: Entre 5 a 8 toneladas (dependendo da blindagem e conversão)
🔹 Status Atual: Extinto — nenhum exemplar conhecido em serviço ativo; alguns preservados em museus ou coleções privadas🗺️ CONTEXTO HISTÓRICO: A GUERRA BUSH DA RODÉSIA (1964–1979)
A Rodésia, então governada por uma minoria branca, declarou sua independência unilateral do Reino Unido em 1965 — o que levou à Guerra Bush, um conflito prolongado entre forças governamentais e guerrilheiros nacionalistas (ZANLA e ZIPRA), apoiados por países vizinhos como Moçambique e Zâmbia.
As estradas eram alvos constantes de minas improvisadas, ataques surpresa e emboscadas. O governo rodésiano precisava de veículos que pudessem:
✅ Proteger tropas em patrulhas
✅ Transportar civis em áreas rurais
✅ Sobreviver a explosões de minas — sem perder mobilidade
✅ Ser produzido localmente, com recursos limitadosE foi assim que nasceu o Leopard Security Vehicle — uma solução prática, barata e mortalmente eficaz.
🔨 COMO ERA FEITO? ENGENHARIA SOB PRESSÃO
O Leopard não era fabricado em fábricas sofisticadas — era produzido artesanalmente em oficinas militares e workshops locais. Seu design se baseava em:
🔸 Chassis de caminhões comerciais — robustos, confiáveis e fáceis de manter
🔸 Blindagem em aço laminado — soldada manualmente, com foco na proteção lateral e inferior
🔸 Fundo em V (V-hull) — inovação crucial para desviar a onda de choque das minas terrestres
🔸 Janelas estreitas e protegidas — para evitar tiros e fragmentos
🔸 Capacidade de transporte rápido — podia levar até 6 soldados ou civis em segurançaAlguns modelos tinham até torres giratórias para armas pesadas, transformando-os em verdadeiras “fortalezas sobre rodas”.
👥 USO CIVIL E MILITAR: NÃO ERA SÓ PARA SOLDADOS
Um dos aspectos mais fascinantes do Leopard é que ele foi usado tanto pelo exército quanto pela população civil:
- Fazendeiros brancos o usavam para viajar entre propriedades isoladas
- Equipes médicas e de emergência o utilizavam para alcançar vilarejos remotos
- Escolas e igrejas o empregavam para transportar crianças e fiéis em segurança
- Forças de polícia e defesa civil o adotaram como viatura padrão em zonas de conflito
Isso fez do Leopard um símbolo de resistência e adaptação — um veículo que salvou vidas em tempos de caos.
📸 POR QUE É TÃO RARO HOJE?
Apesar de sua importância histórica, o Leopard Security Vehicle nunca foi produzido em larga escala. Era um veículo “feito sob medida”, construído conforme a necessidade e os recursos disponíveis. Após o fim da guerra e a transição para o Zimbábue em 1980, a maioria dos Leopards foi desativada, desmontada ou simplesmente abandonada.
Hoje, apenas alguns exemplares sobrevivem — em museus como o Museu Nacional do Zimbábue (Harare) ou em coleções privadas de entusiastas de guerra e veículos militares.
⚔️ LEGADO: UM SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA E INGENUIDADE
O Leopard Security Vehicle não é apenas um artefato de guerra — é um testemunho da capacidade humana de criar soluções práticas diante da adversidade. Ele representa:
✅ A engenhosidade militar em tempos de embargo e escassez
✅ A proteção de civis em meio ao caos
✅ A adaptação local de tecnologia para enfrentar ameaças reais
✅ Um design precursor de modernos MRAPs (Mine-Resistant Ambush Protected)Se hoje vemos veículos como o Cougar MRAP ou o Buffalo sendo usados no Iraque e Afeganistão, parte dessa evolução começa aqui — no campo de batalha da Rodésia, onde o Leopard provou que simplicidade, robustez e inteligência podem salvar vidas.
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