TRANSPORTES DO MUNDO TODO DE TODOS OS MODELOS: L4951, F88 E G88

14 março 2018

L4951, F88 E G88

L4951, F88 e G88
A história do Titan TIPTOP/F88/G88 é extremamente interessante. A importância desses modelos de caminhões na história da Volvo Caminhões não pode ser superestimada.

Esse caminhão, que conquistaria praticamente todo o mundo, com exceção da América, destinava-se originalmente à América, e não para o resto do mundo

A história do Titã
Para entender a história do Titan TIPTOP/F88, devemos retornar ao início da história da Volvo e, especialmente, à estratégia de marketing dos anos 1950 da marca Volvo. A Suécia é um país pequeno e, para sobreviver e crescer, as vendas para exportação eram necessárias. O que significava, é claro, que todos os produtos Volvo tinham que suportar todos os tipos de condições extremas, esta sendo uma das principais razões da qualidade geral do caminhão Volvo em qualquer parte do mundo, para qualquer tarefa de transporte.

Naturalmente, o fato de as condições de transporte da Suécia (com peso bruto de combinação praticamente ilimitado e condições climáticas extremas) serem extremamente severas também contribuiu de forma importante para as características dos caminhões Volvo, especialmente para a classe de pesados.

Sucesso nos EUA
Em meados da década de 1950, os carros da Volvo foram um sucesso imediato no mercado de automóveis mais exigente desse período, os EUA. A gerência da Volvo também considerou que os caminhões deveriam ser introduzidos na América do Norte, a fim de ganhar um dinheiro valioso para a Volvo, que precisava de uma base econômica mais sólida para seu futuro crescimento internacional.

Os caminhões Volvo, de configuração de tipo N convencional, foram introduzidos em 1958-59. Depois de algum tempo, ficou claro para os estrategistas de mercado da Volvo que a tendência nos EUA nesse período eram caminhões F de cabine avançada. Em um período de tempo relativamente curto, foram desenvolvidos alguns exemplares de um protótipo, dos quais pelo menos um tinha cabine estendida e foi usado para testes na Suécia, enquanto pelo menos um exemplar tinha cabine leito e foi colocado em "teste experimental" na América do Norte.

Novas exigências
No entanto, logo ficou claro para a Volvo que as exigências específicas para o mercado da América do Norte não poderiam ser atendidas pelos caminhões Volvo daquele período. A introdução foi interrompida, e o design dos futuros caminhões Volvo também levou em consideração as exigências norte-americanas.

Como usar o novo caminhão Titan de configuração F? Como protótipo para futuros caminhões europeus de longa distância, é claro! Um intenso trabalho de desenvolvimento foi realizado para preparar o novo "Titan TIPTOP" para a concorrência acirrada do setor de transportes da Europa, cada vez mais voltado para caminhões.

De capôs N a caminhões F
Paralelamente a esse desenvolvimento na América, estava ocorrendo, na Europa, a transição dos caminhões N com capô para os caminhões F, impulsionada, em grande medida, pelas leis na Alemanha, onde o governo tentava proteger a posição dos trens, obstruindo o transporte eficiente de caminhões. Uma das medidas tomadas foi restringir a combinação de comprimento do veículo e cargas permitidas do eixo.

A introdução do caminhão F como veículo padrão para o transporte europeu internacional de longa distância foi uma maneira bem-sucedida de proteger a eficiência de bons caminhões, preservando assim a possibilidade de transportar mercadorias de forma rápida, segura e com baixo custo.

Momento perfeito
O Titan TIPTOP/F88 surgiu no momento certo para a Volvo. Ao ser lançado em 1964/1965, ele correspondeu às expectativas do setor de transporte de caminhões. Mas por que tamanho sucesso? A resposta pode ser dividida em três razões distintas, cada uma das quais pode fornecer a resposta.

Os caminhões da concorrência, na década de 1960, tinham um ponto fraco: Todos tinham cabine fixa e, portanto, dificuldade de passar por manutenção, envolvendo grande perda da receita do transporte durante a manutenção e a inatividade. A eficiente cabine inclinável do Titan TIPTOP ofereceu melhor acesso aos componentes básicos se comparado ao caminhão N.

Ergonomia e segurança superiores
A ergonomia do novo caminhão Titan TIPTOP/F88 era única, e a cabine-leito oferecia ótimas acomodações para um ou dois condutores. Provavelmente, a segurança proporcionada pelo teste de impacto da cabine não foi o recurso mais discutido, mas a segurança (sobretudo devido à discussão na América do Norte, introduzida por Ralph Nader) era, cada vez mais, foco de atenção.

Uma quarta razão para o sucesso do Titan TIPTOP/F88/G88 foi também o novo motor, a transmissão e os componentes do chassi, os quais foram todos compartilhados com o caminhão convencional N88. As peças mais importantes nessa área foram, obviamente, o motor turbo de 10 litros e alta potência, juntamente com a caixa de câmbio manual de 8 velocidades totalmente sincronizada.

Um prólogo para o F88
Os caminhões L4951 (dois eixos) e L4956 (três eixos) foram produzidos somente por um ano e podem ser considerados prólogos para o caminhão F88. Esse caminhão é realmente tão famoso que descrições adicionais são desnecessárias.

É preciso mencionar, no entanto, que ele desempenhou um papel importante ao introduzir a marca Volvo de caminhões em países como Alemanha, França, Reino Unido e Austrália, bem como ao se adequar a operações críticas de transporte de longa distância da Europa ao Oriente Médio, ou mesmo para a Ásia.

Atendimento às leis de comprimento
A versão G88 foi introduzida em 1970, com o eixo dianteiro ligeiramente deslocado para a frente para atender à legislação, que estabelecia o comprimento máximo entre o primeiro e o último eixo de uma combinação de veículos, segundo a chamada Bridge Formula (Equações Comprimento-Peso Limite). Essa solução, imposta por lei, não era favorável ao conforto do motorista devido às molas dianteiras serem mais curtas. Típica questão de inconvenientes, muitas vezes criados pela legislação, com a incompatibilidade entre a eficiência do transporte e os cuidados com o condutor.

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